Marcelo evoca Lourdes Castro, "uma das mais inconfundíveis artistas portuguesas"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou, numa nota publicada no site da Presidência da República, o seu pesar pelo falecimento de Lourdes Castro, que considera "uma das mais inconfundíveis artistas portuguesas."
"Nascida na Madeira, Lourdes Castro estudou Belas-Artes em Lisboa, casou-se com René Bertholo e viveu em Munique, Berlim e Paris. Em 1958, fundou a revista KWY, e essas três letras do alfabeto, pouco habituais em português, anunciavam todo um programa cosmopolita, desalinhado e moderno", realça. "Regressada à Madeira em 1983, com Manuel Zimbro, dedicou-se a livros de artista, álbuns de família, memoriais da história e do quotidiano, coleções de lugares e de plantas, sem abandonar uma das suas marcas autorais: a dialética da luz e das sombras (concretas, sugeridas, projetadas, esfumadas, transfiguradas)", aponta ainda a mesma nota.
Marcelo lembra, assim, a madeirense como uma "figura discreta, mas muito admirada", que "recebeu nas últimas décadas diversos prémios (EDP, Vieira da Silva, AICA) e reconhecimentos".
Lourdes Castro, recorde-se, foi condecorada pelo Presidente da República em junho passado com a Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
"Foi objeto de importantes retrospetivas (Serralves, Gulbenkian), e manteve uma produção bibliográfico-artística consistente, minuciosa e tocante", conclui a nota da Presidência da República.