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Artigo de Opinião

JM-Madeira

8/05/2022 08:00

Segundo a Associação Portuguesa do Sono, cerca de metade da população portuguesa é afetada por perturbações do sono, sendo a insónia a mais frequente. Este distúrbio pode envolver dificuldade em adormecer, problemas na manutenção do sono (acordar várias vezes durante a noite) ou despertar precoce.

São vários os fatores que podem originar uma insónia: stress, idade, viagem, horário de trabalho, medicamentos, doenças (Cancro, Diabetes, Parkinson, etc.), má higiene do sono (horários de deitar irregulares, comer muito tarde, consumir cafeína, nicotina, álcool, usar aparelhos eletrónicos no quarto como telemóvel, TV, computador).

A solução mais comum?

A utilização de comprimidos para dormir é cada vez mais comum entre a população portuguesa. Os mais prescritos são os ansiolíticos (caso das benzodiazepinas, como o alprazolam, o lorazepam e o diazepam), os sedativos e os hipnóticos que podem incluir benzodiazepinas mais sedativas como estazolam, loprazolam ou outros hipnóticos mais recentes e com menor risco de dependência e tolerância (como o zolpidem).

Quais são os riscos?

Estes fármacos oferecem apenas uma solução a curto prazo, mas não resolvem a origem das insónias e apresentam riscos para a saúde quando tomados durante muito tempo, nomeadamente:

- Alterações da memória, diminuição da atenção, do tempo de reação e da velocidade do desempenho, sonolência, confusão e descoordenação motora;

- Fraturas por quedas ou acidentes de viação;

- Potencial de abuso, sobretudo em pessoas com historial de dependência;

- Tolerância progressiva, habituação, dependência;

- Síndrome de abstinência com tremores, suores, vómitos e até convulsões se
interrupção abrupta;

- Interação grave com consumo de bebidas alcoólicas e medicamentos opiáceos podendo originar depressão respiratória;

O que podemos fazer?

Abordar e perceber quaisquer problemas que possam estar associados à insónia, mudar hábitos comportamentais e de higiene do sono, podem por si só ser suficientes para restabelecer o sono normal, sem necessidade de comprimidos.

Se essas medidas não funcionarem, fale abertamente com o seu médico. O profissional escolherá a melhor opção para si, seja medicação ou terapia cognitivo-comportamental, ou ambas, para ajudar a melhorar o relaxamento e o sono.

Nunca em caso algum deve automedicar-se, tentar qualquer tipo de tratamento alternativo ou parar abruptamente qualquer tratamento sem indicação médica.

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