MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Psicopedagoga, IASaúde

17/09/2023 08:00

A intervenção de âmbito preventivo pretende fornecer às pessoas e a grupos específicos, informação e competências de vida necessárias para lidarem com o risco associado ao consumo de substâncias psicoativas (drogas) e outros comportamentos de risco, nomeadamente o uso abusivo de tecnologia. A prevenção e a promoção da saúde no geral e a saúde mental em particular devem contemplar a avaliação dos fatores protetores que são indicadores positivos para além dos fatores de risco que podem ser indicadores de doença.

Os modelos compreensivos e de influência social indicam que existem fatores de risco e de proteção que influenciam as atitudes e os comportamentos das pessoas em relação ao consumo de substâncias psicoativas e outros comportamentos aditivos e dependências (CAD). Estes fatores, de natureza biológica, psicológica e social, são internos ou externos à própria pessoa e atravessam os vários domínios da sua vida. Os fatores de risco por um lado constituem-se como características e condições individuais, sociais ou ambientais que aumentam a probabilidade de um indivíduo/grupo vir a consumir substâncias psicoativas ou praticar outros comportamentos de risco. Por outro lado, identificam-se como fatores de proteção as características e condições individuais, sociais ou ambientais (comportamentos, atitudes, contextos específicos) que reduzem essa probabilidade. Os fatores de proteção permitem assim, diminuir o impacto dos fatores de risco, ou aumentar a capacitação para lidar com eles.

A prevenção do consumo de substâncias psicoativas, com base nos modelos compreensivos e de influência social, indicam que a intervenção preventiva deve ser operacionalizada através da avaliação dos fatores de risco associados às pessoas, tendo proposto um modelo operacional para o desenho das intervenções que contemplam os níveis: universal, seletiva e indicada (Institute of Medicine).

Em relação às estratégias preventivas, estas destinam-se à população em geral, a grupos específicos e a pessoas no singular, desenvolvidas em diferentes meios, tais como: o sociocomunitário, o escolar, o recreativo, o familiar e o espaço psicoterapêutico.

Mais recentemente tem sido desenvolvida outra abordagem em prevenção, designada por prevenção ambiental, que visa a alteração das normas sociais, através de estratégias globais que intervêm ao nível da sociedade e dos sistemas sociais. (EMCDDA, 2011).

A missão de viver em modo preventivo é uma constante ao longo do ciclo de vida. Assim a Direção Regional de Saúde, através da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências(UCAD) vai ao encontro destas diretrizes e neste sentido, tem desenvolvido e implementado no terreno, projetos que abrangem os quatro níveis de intervenção, que têm os seus objetivos adaptados às características biopsicossociais da população-alvo, com objetivos claros e operacionais, que pretendem de uma maneira geral, promover e reforçar os fatores de proteção e minimizar os fatores de risco associados ao consumo de drogas (legais, ilegais, novas substâncias psicoativas e outros CAD) na sociedade.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda que Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas