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Artigo de Opinião

29/09/2021 08:01

Não sou adivinho, mas às vezes as coisas mais óbvias são as mais difíceis serem ditas. Se tivermos a maturidade intelectual para perceber o que são estudos que fotografam o pulsar do eleitorado daqueles em que empresas gerem o ânimo dos seus clientes partidários, e das decisões editoriais de chancelar essas patranhas, estamos mais imunes às surpresas. Mas há algo de dúbio na sucessão de demissões do PS. A expressão da derrota de Miguel Gouveia arrasta o PS para um gueto de sobrevivência chamado Cafôfo. Não querendo aceitar o plano inclinado de (im)popularidade do ainda líder, a cúpula de dependentes socialistas olha para este como a única esperança para chegar ao poder. Até domingo havia duas vias. Hoje subsiste apenas uma. Por isso as demissões e contra-demissões não passam de exercícios de Lampedusa, tudo mudando para que tudo fique igual. Com uma vintena de desempregados políticos para serem acolhidos no já espremido jackpot, alguém tem de ficar antipaticamente de fora, ensaiando-se assim novas lebres, desta vez a Oeste, que possivelmente nem terão de responder ao tiro de partida. Com Pereira aliciado por Costa para um Ministério, Gouveia sem aparelho nem poder, para que precisava Cafôfo que Célia na noite das eleições estivesse mais preocupada com a estruturação de uma candidatura do que com o desejo dos Pontassolenses? Opinar em cima do acontecimento é mais arriscado, por isso tem tanta piada. Mas ou muito me engano, e estando o PS e Cafôfo condenados à união eterna, qual Orfeu e Eurídice, não esperará Paulo outra coisa que a costumeira "vaga de fundo", que o obrigue a cumprir o seu destino.

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