Pensei primeiramente em escrever sobre a essência do ser humano, que considero ser boa naturalmente, mas, entretanto, desisti.

Houve questões políticas, como o caso do Sérgio Marques, que denuncia o regime PSD das obras públicas, e o caso Cafôfo, e da suposta corrupção em que esteve envolvido.

Mas vou decidir falar sobre uma sociedade mais justa, mais para quem tem menos e menos para quem tem mais.

Sempre fui de esquerda, e acho que aí é que se situa a justiça social.

É verdade que um país tem de produzir riqueza e haver iniciativa privada a par da pública para que haja iniciativa geral de produção de riqueza, mas sem ser através da exploração do trabalho e do trabalhador. Devíamos em Portugal aumentar cada vez mais os salários mínimos e médio para equivaler aos restantes países da União Europeia, bem como aumentar as baixas pensões, e tributar mais a riqueza, quer a nível de IRC, pensões principescas, as heranças, e os bens de luxo, como imóveis etc.

Devíamos cobrar menos IRS, e baixar o IVA.

Dizem que muita gente vive à "mama" do Estado, eu acho que essa afirmação é errónea, é tudo uma questão de educar as pessoas para fazerem algo construtivo, penso que quem está na "merda" não quer ficar na "merda", há que ter pena de quem está desempregado e vive numa habitação social, mas a classe média arrogantemente pensa que suporta o que dizem ser os "párias" da sociedade, este é um pensamento de direita, talvez o primeiro e maior pecado da direita, falta de solidariedade com o ser humano em Estado de necessidade.
Há que tributar mais os bancos e os hotéis, que fazem dinheiro fácil, o capital cria capital, é preciso tributar as grandes fortunas.

Não roubar o esforço do trabalho dos outros e o suor, mas repor um bocado de justiça na distribuição do capital.

Há muita corrupção em Portugal, era preciso limpar a política desta corrupção, mas isto só acaba quando terminarem as nomeações absurdas, e começarem a eleger as pessoas diretamente, em vez de serem nomeadas.

Devia haver mais escrutínio público e referendos, a imprensa não poderia estar comprada por meia dúzia de milionários.

Deveria haver maior pudor na escolha dos cargos de confiança.

Mas não, na política portuguesa concentramos o poder numa pessoa só.

Já estou como o Charlie Chaplin, a pensar que essa sociedade mais justa está para chegar, em que deixarão de haver tantos sem abrigo, desempregados, e renegados sociais.

Uma sociedade mais bonita paisagisticamente, sem construção caótica ou prédios devolutos.

Menos tachos para quem não tem competência e apenas é nomeado pela sua lealdade partidária.

Eu não quero uma sociedade com menos ricos, quero é uma sociedade com menos pobres, se isso for possível, quero atingir metas de pleno emprego com boas remunerações, e que toda a gente tenha uma casa e um carro dignos, é isso que eu quero para a sociedade.
É preciso dar para receber, e é isso que as pessoas têm de entender, temos de ser mais contidos, no ódio pelo próximo, e não acharmos que somos todos concorrentes uns dos outros, é preciso trabalhar todos juntos para uma sociedade mais justa, com menos pobreza.

É preciso reforçar o sector público, e entregar os sectores estratégicos de monopólios naturais, de dinheiro fácil, ao Estado, e deixar as grandes ideias empresariais para a iniciativa privada.

É preciso mais bondade, mais solidariedade, menos guerras e fome, e lutar por uma sociedade mais justa, em que deixem de existir fronteiras, para sermos todos povos irmão.

Concluindo, acho que deve haver tolerância pelas opiniões contrárias, e criar este tipo de sociedade em democracia, mas deitar abaixo os populismos e os preconceitos.

Cada pessoa tem direito a ter tudo de bom, independentemente da sua raça, religião, crenças e orientação sexual.

Uma sociedade mais progressiva, em que todos crescemos.

Enfim uma sociedade de mais para quem tem menos e menos para quem tem mais, justiça redistributiva, e melhores serviços públicos.

Uma sociedade em que os lares e as cresces não sejam um balúrdio, em que haja menos stress e depressões reduzindo as horas de trabalho, uma sociedade mais justa, com menos praias privadas e mais praias públicas, uma sociedade que não seja dominada por 5 ou 6 famílias, e em que o top dos mais ricos, se aproxime mais dos que estão abaixo e os que estão abaixo aproximem-se dos que estão acima.

Uma sociedade em que uma pessoa que venha do nada possa fazer riqueza, e em que uma pessoa que não faça nada e seja rico se torne mais pobre, porque não contribui.

Ainda está para nascer uma sociedade mais justa, nem eu sei bem o que é isso, estou sempre em aprendizagem e cada vez desejo ser um melhor ser humano, e acho que atinjo esse patamar quanto melhor trato os outros seres humano.

Um bem haja ao JM por deixar-me escrever o que me dá na gana.

Comecei sem tema mas lá acabei por falar duma sociedade mais justa.

E resta-me desejar uma boa terça-feira aos camaradas, pois o que faz falta é camaradagem e animar a malta, o que faz falta é sermos queridos pelo povo, porque fazemos parte desse povo.