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Artigo de Opinião

Directora Business Development

25/02/2023 08:00

O nosso primeiro, Dr. António Costa e o seu governo social(comun)ista, sempre foram habilidosos em criar truques de ilusionismo, para distrair os menos atentos ao desenrolar do programa de Governo e aos "distúrbios" que adveem de uma governação descabida como Portugal enfrenta.

O país assistiu às intensas greves dos médicos, no fragilizado serviço nacional de saúde, assistiu à greve dos transportes públicos, à greve dos funcionários de justiça, assistiu aos brilharetes da TAP e suas compensações milionárias, que nunca mais ouvimos falar, nem sabemos em que ficou e como ficou - só temos uma certeza, o português paga tudo.

Quando o país assistia a sucessivas greves dos professores, com adesão nunca vista, por tempo indeterminado, a invocarem corajosamente os seus direitos, que ao longo de décadas têm-lhes sido negados, muitos deles tratados como funcionários públicos de segunda, que andam a ser marginalizados em torno de um orçamento que nunca lhes compete, eis que surge um truque.

O país assistia ao sector agrícola, organizar-se em manifestações de rua, por todo o país, acompanhos de tratores e outras máquinas agrícolas, reinvindicando a dignificação desta área de atividade, que alimenta cada português, invocando a incapacidade de execução dos fundos comunitários que são atribuídos a Portugal, na ordem dos 1 100 milhões de euros por ano, no âmbito da política agrícola comum e que parte desses fundos não chegam a ser executados, não pela falta de necessidades no sector, mas pela falta de competência, incapacidade e má gestão do Ministério da Agricultura - eis que temos mais um truque.

O truque mais atual chama-se "Mais Habitação" e com ele temos o fim dos vistos gold, como forma de combater a especulação imobiliária (dizem eles), o fim do Alojamento Local nos grandes centros (não vão os donos do AL tornarem-se milionários) e o aumento do número de imóveis para habitação (tomando os imóveis aos privados).

Os vistos gold, bem ou mal criam riqueza a Portugal, atraiem capital estrangeiros a um grupo de investidores que possivelmente nunca ouvira falar de Portugal. A especulação imobiliária combate-se com a construção de novas habitações, por forma a colmatar o aumento de procura que o país enfrenta nos últimos anos e com o Estado a fazer o seu papel de, em conjunto com os inúmeros municípios deste país, planear e executar a construção de habitação social, permitindo aliviar os grandes centros. Lisboa e Porto enfrentam uma situação de crescimento e de grande procura e torna-se mais do que normal que com os salários medíocres que Portugal paga, o português perca poder de compra e que não possa mais comprar imóveis no centro de Lisboa ou do Porto. Mas essa é a normal trajetória de um país em crescimento, ou acham que são os ingleses que compram as casas no centro de Londres, ou os nova iorquinos que compram casas em Manhattan ou até mesmo o puro madrileno é quem compra em Madrid? Não, compra quem tem poder de compra, compra quem pode agregar valor aos grandes centros, com reabilitações e consumos acima da média portuguesa, quer nos restaurantes, nos hotéis, nas casas de espectáculo, nas lojas da Avenida da Liberdade, compra quem tem dinheiro.

O fim do Alojamento Local nos grandes centros, é o fim de muitos micro negócios que se criaram em Portugal, é o fim de um sonho para muitos portugueses que fizeram investimentos para poder modernizar, arrumar, arranjar habitações e receber de braços abertos quem nos visita. É um voltar atrás numa trajectória que se avizinhava promissora. Inúmeras famílias inglesas vivem destes micro negócios, no chamado Bed & Breakfast (B&B) business. Existem até programas de televisão, em que os negócios de B&B competem entre eles, partilham dicas de atuação e incentivam este negócio. Ajustava-se algumas condições desta área de negócio, inseriam-se novos condicionalismos de atuação, mas não se cortavam os sonhos desta forma.

O aumento do número de imóveis para habitação, tomando os imóveis de privados, parece-me ser um ato cobarde de um Governo que nada fez para resolver o problema da habitação em Portugal, apesar de estar há 7 anos no poder. Uma ação populista, no mote tirar dos ricos para dar aos pobres, quando na verdade somos todos pobres em Portugal. O que mais nos espera no ideal socialista, a tomada de padarias e supermercados, como aconteceu na Venezuela? A nacionalização de empresas chaves da nossa economia, para que o Estado possa destruí-las? Não podemos deixar isso acontecer, para isso temos que pará-los já.

A democracia dá trabalho e é importante estarmos atentos a pequenos truques e passos de mágica por dirigentes mal intencionados, que podem limitar rapidamente o nosso direito de viver em democracia - os guardiões da democracia portuguesa somos todos nós, os portugueses e temos que fazer ouvir a nossa voz.

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