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Artigo de Opinião

1/10/2021 08:01

Apesar da abstenção ainda estar longe de ser a ideal, este foi o exemplo de um movimento de cidadania ativa e responsável num estado de direito democrático. Um movimento que mostrou a vontade do povo em manter a democracia, contrariando a regressão social, assumindo um papel determinante na defesa da liberdade e dignidade da pessoa humana e de todos os seus direitos fundamentais.

Quando falamos em desenvolvimento de uma cidade ou região, deveremos ter sempre em atenção, que os indicadores de desenvolvimento social, vão para além do PIB, e não se refletem na economia, apenas no sentido financeiro, mas sim, na concertação de múltiplos fatores e na sua conjugação entre o progresso económico e social.

Governar a pensar nas pessoas e no desenvolvimento de uma cidade, não passa apenas por guardar dinheiro, é acima de tudo, ser contingente com as (reais) necessidades da população, criando mecanismos de apoio social às famílias, promovendo competências nos mais novos, valorizando o mérito de quem se esforça, reduzindo as desigualdades sociais, reduzindo os riscos psicossociais e aumentando os fatores de proteção e resiliência - ou seja - investir na qualidade de vida da população.

Neste sentido, agradeço a quem acreditou no projeto que se propôs colocar a cidade do Funchal "sempre a frente", garantindo a salvaguarda dos interesses dos cidadãos, das famílias e do desenvolvimento da nossa cidade. Um projeto no qual a maioria da população se reviu e demonstrou acreditar, um projeto para todos - a pensar no presente e a preparar o futuro.

Ao executivo agora cessante, saúdo o que de bom deixou feito, o contributo que conseguiu dar à nossa cidade enquanto lá esteve e sua importância como mais uma força política, que também contribuiu para uma maior democratização do nosso sistema social.

Sabemos que não existem pessoas nem sistemas perfeitos, mas existem uns melhor do que outros, e outros que se distinguem da maioria pela positiva.

Ao fim de oito anos, o povo viveu, esperou e refletiu, e finalmente decidiu devolver o destino da nossa cidade a um novo executivo, com a missão de devolver à cidade, o que "por algum motivo" se foi perdendo e desintegrando ao longo do tempo. O fim de um ciclo, dando lugar ao recomeço de um outro.

Saber sair e saber entrar são também competências indispensáveis e em muito reveladoras. Saber passar a pasta e honrar o seu compromisso com o povo até ao fim. Saber entrar e conseguir integrar o seu projeto na dinâmica da cidade.

Por fim, congratulo a participação ativa de todos os que de forma responsável e íntegra, independentemente das suas cores partidárias, conseguiram passar a sua mensagem à população, respeitando os seus adversários, elevando princípios fundamentais na nossa sociedade - o Respeito pelo outro.

Aos que não conseguiram fazê-lo desta forma, espero que um dia consigam lá chegar.

Porque mais uma vez se viu, que ter Esperança, será sempre a melhor opção.

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