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Artigo de Opinião

Em bom português: António Costa e o PS usaram e abusaram desses dois partidos enquanto quiseram e puderam ou será que todos já se esqueceram de como tudo isto começou e da forma como aconteceu a conquista do poder depois de uma derrota nas urnas, nas eleições de 2015?!

Enquanto militante e dirigente Social-democrata, convicto e ativo, não posso, de modo algum, legitimar personagens cujo percurso político se faz de constantes voltas e reviravoltas, cataventos que, ora, sopram para um lado, ora, para outro, consoante mais lhes convém, consoante mais lhes cheira a poder.

A política e os políticos não se resumem a isto. Estar em política não é nem pode ser assim. Não podemos deitar-nos numa segunda-feira e, na terça-feira, acordar defendendo e fazendo o contrário do que defendemos e dissemos no dia anterior e, assim, sucessivamente, para o resto dos dias da semana.

Veja-se o caso de Paulo Rangel. A questão aqui nem está no direito ou da aspiração de vir a ser candidato a líder do Partido - qualquer militante, com quotas pagas, com o tempo certo de militância e com os apoios necessários estatutariamente, pode sê-lo. A questão aqui é outra, é o que se diz e depois, facilmente, se esquece, como se a palavra tornada pública fosse apenas algo que se diz por dizer, no imediato e no instantâneo, como se não houvesse memória nem ética.

Precisamente a ética que Paulo Rangel disse que Rui Rio tinha quando escreveu que o atual líder do PSD simbolizava e trazia em si a «refundação ética da política». O apoio que lhe deu no último Congresso, proferido de forma tão veemente e efusiva. Tudo isso parece agora esquecido porque o cheiro a poder, alicerçado na ideia de que não importa como, o que importa é lá chegar, inebria e tolda os espíritos, mesmo os dos que parecem ser "iluminados".

Uma coisa é certa: para que os partidos consigam ganhar Eleições e formar governo, é necessário que estejam unidos numa liderança, num projeto e num programa que inspire credibilidade aos eleitores. É preciso que tenham um desígnio para o País e que saibam o que os cidadãos querem e precisam. E isto, meus amigos, não se consegue dividindo, mas sim somando. Se dividirmos, diminuímos e estamos mais fracos e incapazes de ganhar, se somarmos, acrescentamos e estamos mais fortes e capazes de ganhar.

Portugal bem precisa de um novo ciclo político. Não de ingovernabilidade, dependente dos extremismos da esquerda e a verdade é que o que a história nos ensina, na nossa jovem democracia, é que a direita cumpre a palavra e os acordos, a esquerda não.

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