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Artigo de Opinião

10/06/2024 08:00

No momento em que escrevo este artigo, estão a decorrer as eleições Europeias, por esse motivo, não querendo antecipar qualquer cenário, relativamente a isso, só tenho a dizer que faço votos que o Sérgio Gonçalves tenha sido eleito, pois não só merece, como é uma pessoa com as qualidades necessárias para representar muito bem a Região no Parlamento Europeu, defender os interesses de todos nós e dar o destaque necessário à Região na Europa.

Para mim, foi um orgulho enorme poder ter coordenado a sua campanha, agradeço-lhe a confiança que sempre manifestou em mim, desde o momento em que liderou o Partido até aos dias de hoje. Agradeço também, todos os que participaram ativamente nesta campanha, que foi uma campanha que tudo fez para destacar a importância que estas eleições mereciam.

Em 2013 iniciei de uma forma ativa a construção de um projeto que visava mudar a política regional, que visava trazer uma nova esperança à nossa democracia. Foi sempre com esse objetivo em mente que me dediquei convictamente, em todas as funções que fui desempenhando e fi-lo, ininterruptamente até hoje sem nunca recusar por conveniência.

Na Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria introduzimos toda uma nova dinâmica, tornamos a instituição muito mais próxima dos cidadãos, e procurámos atender na medida das nossas possibilidades aos desafios que nos propusemos superar, com total seriedade. Foram 8 anos de grande dedicação, sempre com o propósito de mostrar às pessoas que connosco é possível se fazer mais e melhor.

Em 2019 sentimos na rua que era o momento de se fazer a tão almejada mudança política, fomos com tudo, mas, infelizmente, não conseguimos, e apesar de se ter tirado a maioria absoluta ao PSD, foi com o CDS que se criou uma nova maioria, permitindo que houvesse mais 4 anos de poder absoluto por parte de quem sempre nos governou.

Nestes 4 anos tudo aconteceu, as perdas no Funchal nas eleições autárquicas, a mudança abrupta da liderança do partido, com a consequente necessidade de se refazer para segurar o projeto e não deixar morrer a esperança de apresentar a alternativa para a Região, aquilo para o qual sempre lutámos.

Em 2023, obtivemos um resultado honroso nas Eleições Regionais, tendo tudo em consideração, e sabendo o que se sabe hoje, mas não conseguimos, ainda assim. Estávamos a reconstruir para podermos crescer e nos apresentarmos cada vez mais fortes à população e eu acredito que era esse o caminho.

Mas eis que tudo se precipita e voltámos a ter um revés, em 2024 marca-se o final de um ciclo, um virar de página que mostra a todos o quão difícil é ser oposição nesta Região. Seja porque não tomámos as melhores opções, seja também porque efetivamente, para o PS as pessoas exigem uma perfeição quase plena, ao contrário do PSD que goza de uma imunidade surpreendente.

Dos que vieram para o combate político, sujeitaram-se ao escrutínio popular, e fizeram tudo para trazer uma alternativa, já restam poucos, muito poucos, seja por estratégia de quem gere, seja porque de facto simplesmente não dá. Da minha parte, é com orgulho que olho para o percurso que fiz, mesmo antevendo que estávamos a rumar para este final de ciclo, não deixei de fazer aquilo que achava que era correto fazer, era importante dar a voz à população, mas, também era importante que as pessoas se revissem no nosso projeto, assim não aconteceu.

Resta-me alimentar a esperança de que não se hipoteque aquilo que tanto defendemos, os nossos valores e a nossa democracia.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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