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Artigo de Opinião

17/02/2023 08:00

Diferente de igualdade biológica, pois não há dois Seres Humanos cem por cento iguais. Portanto, quando se fala de Igualdade de Género, é óbvio que do plano dos Direitos e Deveres Fundamentais se trata. Seria disparate se envolvido o plano biológico.

Diferente da Igualdade é o igualitarismo. Este apontado a reduzir a hierarquia dos Valores, Princípios e Referências, bem como a apostado a neutralizar o plano natural das VERDADEIRAS Elites (não "pavões", nem a "fina flôr do entulho", nem os oportunistas).

Numa sociedade autenticamente justa e democrática, cada um TRABALHA conforme as competências que tem, sem invadir as áreas dos outros, decorrendo as trocas de Bens e de Serviços nos termos do Estado de Direito.

Porém, o igualitarismo aproveita-se da insatisfação, pois é natural que à medida que um Ser Humano veja as suas necessidades satisfeitas, normalmente lhe cresçam novas e mais necessidades. Pelo que o igualitarismo alimenta uma inveja sobre a existência natural das elites e da posição destas nos quadros políticos, económicos, culturais, sociais e profissionais!

E, assim, a demagogia do igualitarismo procura destruir a lógica do equilíbrio natural de uma sociedade assente no MÉRITO.

Pior. O igualitarismo não só não é Igualdade, como também destrói a SOLIDARIEDADE, pois a sua ambição assenta no egoísmo.

A agressão de uns contra outros, por exemplo a "luta de classes" nos termos marxistas, provoca a contra-ofensiva dos atingidos, mergulhando-se no comprometimento das Liberdades Fundamentais, quebrando-se a Liberdade, a Solidariedade e uma verdadeira Igualdade de Direitos e de Deveres. Tais "revoluções" são um meio para os medíocres tomarem de assalto os bens e as posições de algumas pessoas competentes, trabalhadoras e honestas.

Veja-se o fim do comunismo no lesta da Europa (1989).

Apesar de Lhes dizerem viver num "Estado dos Trabalhadores" e das dezenas de anos sem Informação do mundo exterior, foram os próprios Trabalhadores que correram com as hierarquias "comunas".

Só uma Sociedade estabilizada, MAS DINÂMICA, assente em equilíbrios estáveis entre os grupos sociais, é que pode fazer as necessárias transformações de fundo que a evolução das conjunturas aconselhar. Claro que não estas mudanças imediatistas, pontuais, de algo mudar para que tudo fique na mesma, como nestes últimos decénios da Europa decadente. Sobretudo nesta República Portuguesa esclerosada.

Bem como o Primado da Pessoa Humana igualmente obriga a combater as estruturas sociais ditas "burguesas", em que o Mérito, as elites, são ultrapassadas pelo poder e pela hierarquia do dinheiro.

Em Democracia, o MÉRITO tem de ser recompensado, para que impere e se estabilize a Justiça Social.

Pelo que se coloca, desde logo, as questões dos Salários e das Progressões nas Carreiras Profissionais, estas não podendo assentar apenas num acumular de tempo no "emprego", sem contarem o Trabalho e a Produtividade.

Quer se trate de produzir Bens ou de produzir Serviços, estes inclusive políticos ou administrativos, a Produtividade é a relação entre a quantidade atingida numa actividade produtiva, e as quantidades de recursos laborais, técnicos e financeiros utilizados nessa mesma actividade produtiva.

Repare-se que, para além de dever ser tido em conta a quantidade e a qualidade dos equipamentos utilizados, a organização do trabalho e do controlo de produção, o modo como decorreu a inserção na conjuntura económica, etc., tem uma importante componente humana que envolve as condições psicossociológicas no ambiente de trabalho, formação profissional, a participação e o interesse das pessoas dos várias escalões produtivos na vida da Unidade produtora de Bens ou de Serviços onde laboram.

Os funcionários do sindicalismo, dirigentes assalariados de há dezenas de anos que estão dispensados de trabalhar, têm-se manifestado contra os INCENTIVOS À PRODUTIVIDADE, contra prémios remuneratórios que estimulem, encorajem, interessem, motivem a produzir mais e melhor!...

À pseudo-"esquerda" - "pseudo" porque estagnada, ficada para trás face ao Desenvolvimento Integral das sociedades actuais e face ao progresso dos Direitos, Liberdades e Garantias Fundamentais (por exemplo, descentralização política) - para este sindicalismo retrógrado, subserviente de partidos políticos, o Trabalhador produza mais e melhor, ou produza menos e pior, ninguém deve ter Prémios de Produtividade remunerados.

Sindicalismo igual a patronato obscurantista.

Para este sindicalismo conservador e reacionário, um melhor Rendimento das Famílias e um maior poder de compra dos Trabalhadores, estragam-lhes a "revolução" tonta.

É facto que a questão da Produtividade envolve alguma complexidade: desde a gestão do Capital investido, à necessidade de mão-de-obra qualificada, às articulações interdepartamentais, passando por cuidados especiais ante tensões inflacionistas, até ao ser necessário encontrar compensações racionais noutros custos produtivos da mesma unidade para compensar os Prémios de Produtividade.

Mas hoje é indiscutível a necessidade de uma mais justa distribuição POR QUEM TRABALHA, dos rendimentos gerados numa comunidade. Sem prejudicar mais Investimento e o correspondente Desenvolvimento Integral.

Daí o imperativo de novas políticas salariais, públicas e privadas, de Incentivos à Produtividade, também se aplicar - e rigorosamente - à chamada "classe política". A ter particularmente em conta num ano eleitoral.

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