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Presidente da Assembleia Regional pede maior articulação da Saúde com a Segurança Social

Data de publicação
07 Maio 2024
21:58

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira defende a realização de um debate alargado sobre “a articulação dos serviços de saúde com os serviços de segurança social”, de modo a alcançar uma maior cooperação entre as duas áreas, na Região. O mote de José Manuel Rodrigues foi dado na reunião, desta tarde, da Associação Portuguesa de Gestão em Saúde – APEGSAUDE, que teve como tema central ‘iliteracia em saúde’, realizada no Centro Cultural e Investigação do Funchal – CCIF.

“A envolvência dos profissionais de saúde no debate sobre a reforma das políticas de saúde é essencial para fazer as mudanças do Sistema Regional de Saúde”, realçou.

O Presidente do Parlamento madeirense, que abordou a temática ‘pode a Iliteracia em Saúde comprometer a qualidade e a credibilidade do debate politico’, pede uma avaliação dos “meios, recursos humanos e formas de articulação entre os cuidados primários de saúde e os cuidados hospitalares, para que as urgências deixem de ser, como demasiadas vezes acontece, a porta de entrada no Sistema, com todas as consequências que isso acarreta”.

A existência de madeirenses sem médico de família, a não concretização da “ideia do Enfermeiro de Família, o projeto de Hospital Domiciliário abrangendo todos os concelhos, e “uma verdadeira Política de Natalidade que inverta este inverno demográfico, que faz com que a Madeira, dentro de poucos anos, seja a Região mais envelhecida do país”, foram outras achas lançadas para uma reflexão pública com os profissionais de saúde e decisores políticos, legisladores ou executivos.

“Devíamos discutir como vamos financiar o Sistema Regional de Saúde, cuja despesa é inevitável que cresça, face aos avanços da medicina, aos novos tratamentos, às exigências dos pacientes e ao envelhecimento da sociedade”, acrescentou.

José Manuel Rodrigues lança, ainda, para debate a questão do financiamento da Saúde por parte da República, “à semelhança do que faz relativamente aos portugueses do continente”, deixando claro ser defensor desta ideia, “porque este é um Direito fundamental de cada cidadão e, nos termos da Constituição, uma tarefa do Estado”.

O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira defende uma literacia para a saúde, que contemple as crianças, “introduzindo a noção de que cada um dos cidadãos, com os seus comportamentos e atitudes, como a prevenção ou a falta dela, é responsável pela sua saúde”.

No entanto José Manuel Rodrigues reconhece que “o clima crispado e incerto que se vive na política e na sociedade madeirense não ajuda a este debate, mas não custa nada tentar, como demonstra esta conferência”.

“Despartidarizar, despolitizar e despoluir o debate sobre a Saúde na Região é o caminho correto para podermos encontrar as melhores soluções para ir melhorando progressivamente os serviços prestados às pessoas, que são afinal a razão primeira da sua existência”, salientou.

Neste debate José Manuel Rodrigues recuou na história para recordar o “quão importante foram os profissionais de saúde e, em particular, os médicos, para a criação do Serviço Nacional de Saúde, uma das grandes realizações da nossa Democracia, assim como o foi a criação do Serviço Regional de Saúde na Madeira, após a implantação da Autonomia”. Destacou António Arnaut, fundador do Sistema Nacional de Saúde, e os médicos “Nélio Mendonça e o Miguel Mendonça, que, curiosamente, mais tarde, viriam a ser Presidentes da Assembleia Legislativa, que corporizaram e desenvolveram o Serviço Regional de Saúde”.

Participaram no debate, promovido pela APEGSAUDE, Rosa Henriques Gouveia – Presidente da Faculdade Ciências da Vida, que abordou a Universidade, enquanto polo privilegiado do conhecimento, tem sido um agente ativo e empenhado no combate à Iliteracia em Saúde, Nivalda Gouveia Pereira – Médica dos Cuidados Primários e vice-presidente da Ordem dos Médicos da Madeira, que falou da Iliteracia em Saúde como um fator de risco para o doente, da linguagem demasiado técnica e hermética dos profissionais de saúde e do acesso ao ‘Dr. Google’ e, ainda, Ricardo Oliveira, diretor do Diário de Notícias da Madeira, que trouxe para o debate a Comunicação Social como veiculo de informação / formação fiável e credível na construção de uma massa critica na Saúde.

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