MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Vice-presidente da ALRAM

20/06/2023 08:00

Todos estes acontecimentos tiveram forte impacto na nossa população, a vários níveis. Mas, como sempre, com espírito de sacrifício e muita resiliência temos ultrapassado as situações mais delicadas e fortalecido o nosso território.

O Governo Regional da Madeira, desde há largos anos a esta parte, tem feito um forte investimento em todas as áreas referentes à proteção do território e à mitigação de riscos, com o intuito de responder a situações emergentes e adotar políticas mitigadoras.

Há quem tenha, repetidas vezes, criticado este investimento. Posto em causa a pertinência de realizar as obras que foram efetuadas. Tentar descredibilizar o executivo regional, acusando o PSD Madeira de só se preocupar em realizar obras físicas.

Pois bem, depois de mais um fenómeno natural que assolou a Região, a depressão Óscar, os que tanto criticavam as obras, o betão, vergaram-se à constatação de que foram as intervenções do Governo Regional que evitaram com que os danos fossem maiores.

Mesmo que não reconheçam em alta voz que tudo aquilo que foi feito nesta matéria era absolutamente necessário, a verdade é que o silêncio dos partidos da oposição indica que os mesmos entendem agora, finalmente, que foram decisivas as intervenções levadas a cabo, nas ribeiras, nos taludes, nas ribanceiras, nas encostas, só para dar alguns exemplos.

Aliás, felizmente, a esmagadora maioria da população compreende isso mesmo e sente-se, seguramente, mais tranquila aquando dos episódios mais severos causadas pelas forças da natureza.

A título de exemplo, só no ano transato foram efetuadas quase 60 intervenções de conservação e manutenção da rede hidrográfica. Foram essas intervenções, em betão claro, que fizeram com que a prevenção dos riscos naturais seja uma realidade na Região Autónoma da Madeira.

Temos um conjunto de instrumentos, como a instalação de estações que garantem em tempo real a observação do caudal das ribeiras, como os Plano de Gestão do Risco de Inundações na RAM ou o Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais, que garante a preparação, a coordenação e execução de qualquer ação face às alterações climáticas.

Ora aqui também se vê que, ao contrário do que diz a oposição, não a prevenção e mitigação de riscos não se faz apenas com betão. É penoso ver que a falta de argumentos para criticar o Governo Regional em matéria de proteção civil, faça a oposição cair no ridículo.

Esquecem-se, propositadamente, por exemplo, da capacitação dos agentes de proteção civis, quer seja através da formação, que tem sido dado e que tem servido para reconhecer os nossos profissionais como dos melhores do país, como aliás ficou patente pela ida de uma equipa do Serviço Regional de Proteção Civil para Lisboa, para dar formação sobre a preparação e reposta à catástrofe, por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude.

Para não falar dos bombeiros que servem a Região e que tão nobres missões desempenham. São cerca de 740 operacionais, nos quais o Governo Regional investiu diretamente 2.5 milhões de euros em equipamentos de proteção e aquisição de veículos, e dinamizando cursos e formações, na ordem das 100 por ano.

Prova deste investimento, são os 5 elementos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Madeirenses que integram uma força especial de Proteção Civil, constituída pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, para auxiliar no combate aos incêndios rurais que deflagram no Canadá.

E há ainda outro assunto que a oposição fez por esquecer, nem sequer toca nesta matéria, que é o meio aéreo de combate a incêndios, suportado integralmente pelo Governo Regional, quando deveria ser, como é promessa desde 2018 e consta nos sucessivos orçamentos de estado, custeado pelo Governo da República. Este é um meio essencial no ataque inicial aos fogos rurais, tendo agora também a valência de socorro.

Por tudo, podemos dizer que a Madeira é verdadeiramente uma Região resiliente, graças ao investimento feito na prevenção, na mitigação de riscos, mas sobretudo graças à fibra do povo madeirense. Esta é uma constatação que, por muito que queira, a oposição não consegue distorcer.

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