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Artigo de Opinião

Economista

21/05/2022 08:01

Este ato eleitoral interno tem perdido algum espaço mediático devido aos tempos conturbados que vivemos. Acabamos de sair das restrições impostas pela pandemia; defrontamo-nos com o início de uma guerra em solo europeu; e enfrentamos as consequências de uma taxa de inflação galopante que manieta as famílias e a economia.

Contudo, é precisamente devido à incerteza nacional e internacional que estas eleições são importantes para o rumo do país. A primeira etapa onde se vive a democracia é dentro dos partidos políticos, com os processos internos de escolha de equipas. São estas as escolhas livres dos militantes que depois serão apresentadas ao eleitorado geral, emanadas para a democracia parlamentar. Resumir eleições internas à contabilidade dos caciques partidários e às transações de lugares é desonrar o papel fundamental que o PSD desempenha na democracia portuguesa.

Num cenário difícil de uma maioria absoluta do PS, o PSD tem que se pautar pela pluralidade, competência, modernidade e diversidade interna. Aliás, sempre que se tentou condicionar essas características, o partido reduziu a sua representatividade eleitoral junto da população. Imitar os extremismos alheios ao PSD nunca pode ser uma solução - aliás, sabemos que pensos rápidos, mas tóxicos, nunca resolvem o problema de fundo.

Estamos numa encruzilhada decisiva. Ou o PSD procura resolver autonomamente os problemas estruturais que se colocam ao partido e ao país, através de respostas concretas e realistas sem muletas na extrema-direita, ou então irá perder relevância no espetro político. É por isso que o projeto apresentado pelo candidato Jorge Moreira da Silva é o mais sólido e consistente. Por ser quem melhor responde aos enormes desafios socioeconómicos, políticos e ambientais com que nos defrontamos, inclusivamente com provas dadas ao longo da sua carreira política na JSD, em governos nacionais, no Parlamento Europeu e profissionalmente na OCDE.

Deixo um exemplo concreto da sua recente visita à Madeira no âmbito da sua campanha nacional. Ao apresentar a sua proposta de revolucionar a lei de finanças regionais através do reconhecimento do capital natural como remuneração para a nossa região, Jorge Moreira da Silva demonstrou perceber que a Madeira não se limita a ser uma fonte de "reivindicações", mas é muito mais um contribuinte líquido para o potencial de desenvolvimento nacional. A melhor forma de proteger os nossos recursos naturais passaria assim pelo reconhecimento financeiro desse ativo por parte do Estado português através da lei de finanças regionais.

A análise das candidaturas e opções de voto residem na ponta da caneta do militante. Julgo não ser necessário recordar os militantes que existe liberdade de voto. Muito menos será necessário apresentar essa liberdade como algo "concedido" ao militante pelas estruturas. É um valor adquirido e intrínseco da nossa democracia. Seja em atos eleitorais internos ou gerais.

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