MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Advogado

14/03/2023 08:00

Não sou contra os estrangeiros comprarem casa em Portugal, acho que o investimento externo é necessário e mete as Imobiliárias a rodar, talvez uma medida como no Canadá de vender casas só a estrangeiros residentes, não fosse demasiado ousado.

Também não sou contra os golden visas, continua a ser um bom investimento, tirando o tema da lavagem de dinheiro.

Também não sou contra o Alojamento local, que muito tem regenerado o tecido urbano, mas talvez uma limitação destas licenças não fosse nada ousado, já há limitação de dormidas para os Hotéis.

O que eu sou contra é a especulação imobiliária, e isso não estou a ver que solução possa ter, talvez seja o Estado que tem de criar mais casas, para habitação social.

Sou contra os preços cobrados no arrendamento, acho que se devia baixar o imposto sobre o arrendamento, e talvez não fosse demasiado ousado definir preços de mercado, para evitar os agiotas.

O direito a uma habitação condigna é um direito constitucional, que está na formação do nosso Portugal, enquanto República soberana e democrática.

Não posso ver os bancos a enriquecer, com o aumento das taxas de juro, enquanto o cidadão empobrece, sem poder pagar tamanhas prestações.
Mais para quem tem menos e menos para quem tem mais, é a minha posição política.

Sobre habitação é isto que sei, e penso que o assunto vá por aqui.
Poderia não ser demasiado ousado que que houvesse juros bonificados, principalmente para jovens, e que se criasse com o PRR habitação a custos controlados.

Penso que sobre as casas devolutas há uma confusão de todo o tamanho, mas não é justo também que alguém, geralmente herdeiros emigrados, deixem uma casa apodrecer, causa horrores, à arquitetura paisagística duma cidade, como também me parece justo no limiar que sejam habitadas por sem abrigo que ocupam essas casas, claro que aqui estou a ser radical, mas um ser humano que se preze tem de ter sangue na guelra, para ser ouvido.

Não sou contra o negócio das casas, mas não posso ver pessoas a viver em situações degradantes, vivendo por vezes mais de 10 numa casa.

Digo o que penso e escrevo com emoção de um dia eu poder progredir e fazer algo de bom na sociedade com os meus escritos, que valem o que valem.

Não sou rico nem sou pobre, sei que o mais importante é ser feliz, mas para quem tem tantas dificuldades, a vida entra pelos olhos adentro, e essa felicidade parece escapulir-se na verdade de um dia-a-dia, desgraçado por uma sorte clandestina.

Talvez possam abolir o IMI para quem não tenha casas de luxo.

Talvez um dia tal como a fome, as casas já não sejam um problema numa sociedade evoluída.

Tudo o que escrevo, escrevo com emoção, deixo sempre o meu artigo, para a última da hora, talvez para me sair mais genuíno, e não ser arte barroca demasiado pensada e trabalhada.

Tanto a direita como a esquerda reconhecem o problema da habitação, e não é a mão invisível do mercado que os vai resolver, as políticas económicas não podem ser naturalistas, tem de haver regras, para acabar ou atenuar, a situação de haver explorados e exploradores.

Uma palavra de apreço para o JM, até ao dia de hoje sempre escrevi o que quis e nunca me disseram nada, vejo articulistas que escrevem aqui e falam mal do Jornal, eles associados ao partido socialista, que em tempos quase dominou o diário de notícias.

Prefiro um bom jornalista a um mau político e penso que há mais bons jornalistas na Madeira do que políticos, desprendidos de qualquer posição narcisista de sede de poder e ganância pelo dinheiro.

A triste realidade é que os políticos e o poder económico querem dominar os jornalistas, e a arte de ser jornalista na atualidade para mim baseia-se no princípio da independência e do ouvir o contraditório antes de dar um facto assente.

Vejo tanta gente a escrever por interesses pessoais, que as opiniões inquinadas dos abutres proliferam, no nosso panorama social jornalístico.

Também há aqueles que só querem aparecer, talvez eu seja um desses, por isso quando precisarem dum advogado, já sabem estou aqui.

Com os melhores cumprimentos, me despeço.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda que Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas