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Artigo de Opinião

Vice-Reitora da Universidade da Madeira

7/08/2021 05:00

Muitos jovens, aos 18 anos, têm que decidir algo muito importante e, talvez por terem essa consciência, a decisão nem sempre é fácil.

Iniciou-se ontem a 1º fase de candidaturas ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Continua a existir o mito de que sair é bom para crescer. Pode ser… ou não! É possível crescer onde quer que nos encontremos. Crescer, a meu ver, depende de dois fatores - das oportunidades a que temos acesso e da nossa visão e abertura para as ver; e da nossa vontade de crescer e de nos transformarmos.

Um estudo realizado pela Agência Nacional de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), em 2016, refere que 45% dos estudantes madeirenses escolhia a Universidade da Madeira para fazer a sua formação, 90% dos estudantes de Lisboa escolhia uma instituição de ES de Lisboa. O mesmo se passava em relação aos estudantes do Porto. As universidades de média dimensão (Coimbra, Minho, Aveiro e Nova de Lisboa) acolhiam cerca de 70% dos estudantes de cada uma destas regiões que se candidatavam ao ensino Superior. Outros estudos mais recentes confirmam a mesma tendência, o que nos permite inferir que a maioria dos estudantes do Ensino Superior faz a sua formação numa Instituição próximo da sua área de residência, ‘deitando por terra’ o mito de que sair é importante para crescer.

Assim, este não deve ser o único critério a adotar para a tomada de decisão.

A escolha deve ser feita pelo curso ou área que apaixona o candidato (pelo menos no momento da tomada de decisão), sabendo que a decisão não é irreversível e que há sempre a possibilidade de mudança de curso.

Se esse curso existir na IES da área de residência do candidato, essa poderá revelar-se como a melhor a opção. A mudança do Ensino Secundário para o Ensino Superior é grande e deverá ser transformadora. Se a esta acrescentarmos a mudança de cidade, a mudança de companheiros de jornada, entre outras, a probabilidade de a aprendizagem inerente a alguma destas mudanças falhar é grande, mas, na maior parte das vezes, corrigível.

Da parte da Universidade da Madeira o que nos move é garantir boas condições para que o estudante possa formar-se não apenas na vertente técnico-científica, mas também ao proporcionar oportunidades para potenciar as competências essenciais para uma cidadania bem-sucedida no mundo atual e para que cada um dos estudantes possa descobrir e/ou aperfeiçoar o seu talento.

Oferecemos 21 licenciaturas todos acreditadas pela A3ES, o que lhes confere a garantia de qualidade. Oferecemos também 16 Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTESP). Os alunos da UMa têm também acesso às mobilidades Erasmus (um ou dois semestres) com majoração do valor da bolsa relativamente a um aluno de uma IES do continente, acesso a programas de empreendedorismo onde podem apresentar as suas ‘ideias de negócio’ candidatando-se a prémios monetários interessantes, acesso a ações de voluntariado, acesso à participação no programa Eco-Escolas, entre outras ações que lhes permitem desenvolver algumas das soft skills, tão valorizadas pelos seus futuros empregadores e que lhes permitem uma formação integral enquanto seres humanos. E, parafraseando John Lennon, ‘Vida é aquilo que acontece enquanto planeamos outras coisas’.

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