Novos olhares, novas perspetivas se alicerçaram e uma sociedade nova nasceu proclamando a inclusão. Inclusão esta, onde os direitos à igualdade eram tidos como prioritários. Hoje, passaram a estar no interesse dos governantes e numa sociedade justa que se dedica a trabalhar as desigualdades. Os direitos humanos, ultrapassam os horizontes visíveis e invisíveis, surgindo o homem das causas nobres e criador de todas as formas de defesa dos direitos e das igualdades. Potencia-se a mudança de mentalidades, contudo, a resistência a ela persiste, numa teoria sem sentido de prática proclamada na inclusão.
Levantam-se vozes nos ruídos silenciosos, apela-se à conduta humana, às diferenças a que cada vez mais o homem nos desafia e os silêncios continuam sem mudança.
Existir "fora da caixa" e ser vulnerável com um propósito digno de acolhimento nas escolhas de cada um, é reflexão e propósito de poucos, com pensamento critico e debilitado de valores humanos, onde a patente está numa visão da era da inquisição, não da inclusão.
A fragilidade humana escuta as emoções pela dança, num palco entre o bater à porta e a crença de que ela está aberta. São as causas nobres da sociedade do século XXI.
A solidariedade que acolhe é também aquela que nos desvia, assim como o pirilampo nos indica que está ali pela sua luz, nos afasta pela sua sombra. Apela-se à necessidade espontânea de ajuda num campo de combate, em que se exclui pelo "nome" que não têm, pela idade que não lhes agrada e pela ambição de títulos e desrespeito pelo direito de inclusão. São as causas nobres quando a mudança ainda não é visível aos olhos do homem do século XXI.
As vozes que gritam têm de se fazer ouvir, os ruídos têm de ser ensurdecedores, as teorias têm de ser a prática, as causas nobres devem existir pela igualdade e direitos da inclusão.
"No início Deus criou os céus e a terra", não sabia é que era imprevisível haver deceções, descrenças e que a "casa" Dele seria um centro de desarmonia numa "inclusão" sem causas nobres. As emoções invadem o silêncio que dói na alma dos que procuram refúgio em casas vazias. Ouvem-se passos angustiantes de práticas ausentes de teoria.
Causas nobres? Ainda muito fragmentadas na consciência, sem integração coletiva e nutrição de coração.
Os memoriais da inquisição no seculo XXI, não anulam a criança que cresceu no corpo do homem que hoje vive numa sociedade em que o caminho da carência é o que habita na "casa" que um dia procurou.
Causas nobres, são atos de coração aberto às desigualdades, recetivos à mudança numa sociedade que grita por abraços nutridos de valores humanos em casas reformuladas.