Mais democrático e correcto do que isto, não pode ser, ainda para mais, como já foi explicado mais do que uma vez, quer pelo presidente da Câmara Municipal do Funchal, quer pelo vereador com o pelouro do Urbanismo, não há suspensão do PDM e tudo está a ser e será feito cumprindo rigorosamente a lei.

Todavia, como, aliás, é habitual nestas situações, em particular, na Madeira, aparecem logo um conjunto de pseudo-ambientalistas com insinuações, acusações, julgamentos e condenações sem quaisquer fundamentos, inclusivamente sem qualquer lógica, deturpando os factos e a realidade, ainda para mais, neste caso, como também em outros, por um jornalismo nacional mais interessado no rumor, no boato, na mentira, "na faca e no alguidar", na negatividade, do que propriamente na verdade.

Convém que as pessoas não se esqueçam de que os terrenos de que falámos são propriedade privada e não municipal. Este projecto, vai finalmente resolver uma situação que se arrastava há décadas, com a Praia Formosa, em semi-abandono, descaracterizada, arruamentos em péssimo estado, ausência de estacionamento para os cidadãos, mais parecendo um local parado no tempo e há muitos anos.

Dos 111 mil m2 privados, repito, que são propriedade privada, praticamente metade revertem para área de interesse público municipal e ali nascerá o maior jardim público do Funchal, bem como outras estruturas, tais como uma promenade, também pública e ainda estacionamentos rotativos públicos e cobertos (mais de 600 lugares), bem como oito a nove acessos ao mar, mas também áreas reservadas à instalação de infraestruturas de apoio à praia, posteriormente concessionadas, arruamentos melhorados, fora o acesso garantido e gratuito à praia propriamente dita. Tudo isto, que será público, irá beneficiar os cidadãos, tudo isto que irá fazer da Praia Formosa uma nova e exemplar centralidade, um local que finalmente irá conseguir realizar todo o seu potencial, inclusivamente turístico, mas ainda económico e social, custará oito milhões de euros - aos privados.

Portanto, não fazem nenhum sentido as insinuações, deturpações, mentiras, boatos, julgamentos e condenações que os do costume andam a espalhar - neste caso, em concreto, é até ridículo, para não dizer pior, o papel da coligação Confiança que depois de oito anos na CMF nada fez para resolver esta questão da Praia Formosa, nem sequer foram capazes de negociar com os proprietários um parque de estacionamento privado temporário.

Esta gente - que não fez e procura sempre que nada se faça - é a mesma que quando efectuou a Revisão do PDM aboliu a majoração existente para os projectos de habitação a custos controlados, mas manteve os índices para os projectos hoteleiros e agora, hipocritamente, fazem-se castos e puros, quando não o são.

Uma coisa, porém, tenho como certa, a Praia Formosa é um projecto de futuro, que vai ficar espectacular e será uma nova e importante centralidade, também no lazer e dos tempos livres da cidade e, quando estiver pronto o projecto a população vai bater palmas e saberá agradecer a quem teve a coragem política de resolver a questão: Pedro Calado e a sua vereação.