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Artigo de Opinião

Vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz

10/02/2021 08:05

Oito anos de um percurso que tem uma história, desde aqueles primeiros quatro anos em que lutámos contra uma dívida descomunal que mal nos permitia sobreviver, e no decorrer dos quais o desespero foi o sentimento mais presente em todos. Querer fazer e não ter como, querer fazer e ter apenas credores a reclamarem dívida, querer fazer e ter de primeiro arrumar a casa para então, levantar a cabeça.

Aliás, e porque o percurso tem uma história, devo aqui lembrar que o Presidente do Governo Regional da altura, o Dr. Alberto João Jardim, chegou a dar três meses para a autarquia fechar portas. Sabia bem o PSD o que tinha deixado e o quão difícil seria recuperar.

Mas se esta é a história do percurso, a verdade é que este é também um percurso que fez história. Não só recuperamos o que muitos pensavam ser impossível, como deitamos mão a uma série de investimentos e programas sociais que Santa Cruz nunca tinha tido.

Sei que. ninguém é bom juiz em causa própria, mas também o excesso de humildade é um defeito que não quero cultivar, até porque não falo só por mim, mas também por toda uma equipa que lutou, ultrapassou dificuldades e conquistou.

Ter recebido uma autarquia na bancarrota e oito anos depois ter recuperado a credibilidade, a capacidade de investimento e endividamento, poder lançar mão a projetos e programas, é um percurso digno de realce.

Santa Cruz tem assistido a investimentos que não via há anos: na rede viária, na reabilitação dos nossos jardins e centro urbanos, no combate às perdas de água, no saneamento, na recolha de resíduos, na eficiência energética, na cultura, na nossa identidade e marca, nas nossas festividades. Só neste último setor, recordo a recuperação da nossa Casa da Cultura e Biblioteca Municipal de Santa Cruz, em termos de infraestrutura e programação, a nossa própria Festa da Flor, o nosso Natal.

Por último, mas não menos importante, Santa Cruz tem hoje uma série de programas sociais que nunca teve, principalmente que nunca teve em anos e anos, durante os quais a dívida cresceu sem que esse gasto tivesse correspondido a ajuda a quem mais precisava. Hoje temos um programa de bolsas de estudo que chega a centenas de universitários, manuais e transportes gratuitos para alunos do 1º ciclo, ajuda à reabilitação de imóveis, apoio à realização de pequenas cirurgias e à aquisição de medicamentos, um Fundo de Emergência Social, ajudas técnicas a quem tem mobilidade reduzida.

Desculpem, mas estes são factos que não se podem esconder, por mais malabarismos políticos que se exercitem.

O balanço destes oito anos é claramente positivo, e, se a população assim o entender, o líder desta equipa, que só se poderá candidatar a mais um mandato, terá mais quatro anos para terminar este percurso, lançar e consolidar o conquistado. Assim entenda o povo, a história ainda não terminou, e ainda falta inscrever mais história na recuperação deste município.

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