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Portugal pode chegar ao 13.º lugar da UE em nível de vida mas arrisca cair para 25.º

Data de publicação
14 Fevereiro 2024
17:50

Portugal pode atingir o 13.º lugar da União Europeia em nível de vida em 2033, desde que supere a média de crescimento dos países europeus, mas sem alteração de políticas poderá cair para 25.º, segundo um estudo da FEP.

Numa nota, que deu conta do resultado deste trabalho, o Gabinete de Estudos Económicos, Empresarias e de Políticas públicas (G3E2P) da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) aponta “como objetivo ambicioso, mas realizável, que Portugal atinja a 13.ª posição em nível de vida na União Europeia (UE) em 2033”.

Isto significa que entra “na metade de países mais prósperos (com a atual configuração de 27 países)” o que poderá levar o país a conseguir uma maior população.

“Para tal, o nosso crescimento económico anual terá de superar a média simples dos valores de crescimento dos países da UE – o novo referencial estratégico proposto no estudo – entre 1,4 e 1,7 pontos percentuais (p.p.)”, adiantou, salientando que isto “corresponde a valores absolutos entre 3,1% e 3,8%, mas as metas em diferencial são mais robustas”.

Ou seja, destacou, “diferenciais entre 0,4 a 0,6 p.p. acima da média apenas permitem alcançar a metade de países mais ricos da UE em 2043”.

A FEP assegurou que “sem alteração de políticas, Portugal pode cair para a 25.º posição em nível de vida em 2033 e registar uma perda bastante significativa de população”.

De acordo com a FEP, “apostar em reformas estruturais que elevem o potencial de crescimento da economia, incluindo aproveitar melhor os apoios europeus disponíveis (cujo impacto é reduzido e temporário, atendendo às projeções da Comissão Europeia para o nosso crescimento potencial), é crucial para melhorar o nosso nível de vida relativo e preservar a dimensão populacional”.

A instituição destacou que, assim, também se preserva “a soberania do país, que não existe sem povo”, preparando “o fim previsível desses apoios”.

A FEP deu ainda conta das projeções em retrospetiva, indicando que se a economia nacional “tivesse crescido ao ritmo da média simples dos países da UE desde 1999 (ou seja, 2,4% ao ano, em vez de 0,9%), em 2022 teríamos alcançado a 12.ª posição em nível de vida (em vez da 20.ª, a 7.ª pior), claramente na metade de países mais ricos, e teríamos mais um milhão de pessoas”. Já se Portugal tivesse crescido “ao ritmo da UE (1,5%), teríamos ficado na 19.ª posição, pouco melhor”.

Segundo o estudo, dado o baixo desempenho passado, em que o crescimento económico de 0,9% ao ano em 1999-2022 foi o 3.º pior entre os países da UE, “crescer em linha com o novo referencial estratégico base proposto após 2022 apenas trava a perda de posições em nível de vida até 2033, pelo que atingir a metade de países mais ricos exige os diferenciais adicionais” apontados pela instituição.

O estudo conclui ainda que “o recente surto de crescimento económico não é estrutural, mas um resultado de impulsos temporários do turismo e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, indicou a FEP.

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