O Presidente da República recordou hoje com pesar o ataque do Hamas, apelando à libertação imediata e incondicional dos reféns e a negociações entre a Palestina e Israel que permitam uma “paz justa e duradoura”.
Numa nota publicada publicada no ‘site’ da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa assinala os “dois anos desde o terrível ataque terrorista do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023” e pede o “regresso imediato e incondicional dos reféns às suas famílias” , recordando “com pesar, todas as vítimas do ataque, entre as quais se encontravam cidadãos portugueses”.
O Presidente da República sublinha ainda a “abertura de uma nova janela de oportunidade” para o cessar-fogo em Gaza, “na sequência da proposta do presidente da Trump”, que pode permitir o “fim da destruição e das mortes de civis e a distribuição urgente de ajuda humanitária que salva vidas”.
“O Presidente da República apela à conclusão efetiva de negociações que possam conduzir a uma paz justa e duradoura assente na solução de dois Estados, Israel e Palestina, ambos reconhecidos por Portugal”, lê-se.
Em 07 de outubro de 2023, milícias lideradas pelo Hamas, grupo terrorista que controla o território palestiniano da Faixa de Gaza, realizaram ataques sem precedentes no sul de Israel há dois anos, durante os quais assassinaram cerca de 1.200 pessoas e raptaram 251 que levaram como reféns para Gaza.
O exército israelita respondeu com uma ofensiva contra o Hamas no enclave controlado pelo grupo extremista desde 2007, que provocou mais de 67.100 mortos em dois anos e originou a acusação de genocídio contra Israel.
Representantes do Hamas e de Israel iniciaram na segunda-feira, no Egito, negociações indiretas sobre um plano proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com o conflito.
O plano, de 20 pontos, prevê a libertação dos reféns ainda em Gaza, um cessar-fogo, o desarmamento do Hamas, a retirada das tropas israelitas e uma administração internacional transitória da Faixa de Gaza.