André Ventura, reeleito hoje como presidente do Chega, estabeleceu como um dos objetivos do seu mandato "ganhar a rua à esquerda" e advertiu que só os portugueses podem estabelecer "linhas vermelhas" quanto a futuras coligações.
Defino como 2.º grande objetivo do meu mandato ganhar a rua à esquerda em Portugal", afirmou André Ventura, no seu discurso logo depois de conhecidos os resultados da eleição para presidente da Direção Nacional, à qual era candidato único.
"Voltaremos a sair à rua, voltaremos a percorrer cada uma das ruas de Portugal, voltaremos a encher praças e conquistaremos as ruas deste país", afirmou.
Ventura recusou que a esquerda seja "dona da rua", numa alusão ao sindicalismo e às manifestações, e prometeu que o partido não vai ficar fechado no parlamento ou na sede nacional.
"Aquela esquerda que achava que podia dominar as praças e as ruas sabe hoje, e tem medo disso, que tem um adversário à altura", referiu, numa alusão à federação sindical que o partido anunciou, denominada Solidariedade, e que deve estar constituída ainda este ano.
Perante os cerca de 600 delegados à V Convenção Nacional do Chega, Ventura transmitiu a mensagem que tinha passado aos jornalistas ao início da manhã quanto a uma possível solução governativa de futuro.