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Adversários têm “crescentes dificuldades” em justificar desigualdades, diz Paulo Raimundo

Data de publicação
22 Fevereiro 2024
8:09

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou que os seus adversários têm “crescentes dificuldades em justificar as desigualdades e as injustiças” e garantiu que não abdicará de colocar no debate político a “necessidade urgente” do aumento dos salários.

“Como é que se pode justificar que 5% da população detenha nas suas mãos 42% de toda a riqueza que é criada pelo trabalho de cada um de nós, ao mesmo tempo que três milhões de trabalhadores ganham até mil euros de salário bruto por mês e 78% dos pensionistas ganham até 500 euros? Não é fácil justificar esta injustiça”, afirmou Paulo Raimundo na quarta-feira à noite, no final de um jantar/comício em Mangualde.

Na sua opinião, também não é fácil justificar “os 25 milhões de euros de lucro por dia dos grupos económicos”, enquanto a generalidade do povo português “enfrenta dificuldades crescentes e diárias para aceder a bens essenciais”.

“É-lhes cada vez mais difícil esconder a justa, a necessária e a urgente alternativa que se impõe”, considerou o líder do PCP, defendendo como questão central o “aumento geral e significativo dos salários”.

Por isso, “mesmo que alguns queiram fugir”, garantiu que este será um tema que levará para o debate político.

E quanto à pergunta habitual de “se as empresas e a economia aguentam”, Paulo Raimundo não tem dúvidas da resposta: “o que não se aguenta é viver com os salários que existem, o que não se aguenta mais são os escandalosos lucros dos grupos económicos”.

“O problema não está na falta de riqueza que é criada, o problema está na forma como essa riqueza é distribuída pelos trabalhadores”, frisou.

Àqueles “que choram lágrimas de crocodilo pelas micro, pequenas e médias empresas”, Paulo Raimundo pediu que se deixem “de proclamações vagas e acompanhem a CDU na fixação de preços do gás e da eletricidade, na redução do preço das telecomunicações, para travar o travar o roubo dos custos bancários e dos custos com seguros e para, de uma vez por todas, acabar com as portagens”.

“É isto que os micro, pequenos e médios empresários precisam. Precisam que cada um de nós tenha mais dinheiro no bolso” para assim conseguirem dinamizar a economia, afirmou.

No seu entender, “quem diz e quem disser que vai responder aos problemas mais imediatos que aí estão na sociedade sem enfrentar os grupos económicos, das duas, três: ou é muito ingénuo ou está a mentir com todos os dentes que tem na boca”.

“Sem esta rutura, sem esta coragem e determinação, não se pode responder àquilo que é de facto urgente ser respondido”, avisou.

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