A Venezuela anunciou hoje que as Forças Armadas Bolivarianas (FANB) intercetaram e neutralizaram uma aeronave, alegadamente destinada a tráfico de droga, que entrou ilegalmente no espaço aéreo venezuelano no estado de Apure, fronteiriço com a vizinha Colômbia.
O anúncio foi feito pelo comandante estratégico operacional das FANB, Domingo Hernández Lárez, através da rede social Instagram, e a interceção teve lugar ao abrigo da operação “Escudo Bolivariano 2025” de defesa da soberania nacional.
“As FANB detetaram através dos sistemas de radares de alerta precoce (...) o rasto de um vetor em movimento a entrar no país pelo leste do estado de Bolívar, sem emitir código de identificação, com o sistema de transponder desligado, rumo a oeste [Bolívar-Amazonas-Apure]”, anunciou o comandante.
Segundo Domingo Hernández Lárez, ao realizar as verificações legais de controlo e informação, através da Região de Informação de Voo de Maiquetia (FIR Maiquetia), as autoridades constataram “que a referida aeronave não apresentava um plano de voo, pelo que foi declarada ilegal e ordenada imediatamente a sua interdição com três sistemas de caça F-16 da AMB”.
Em causa estava “uma aeronave bimotor do tipo Cessna 310, de cor branca com faixa verde, sem matrícula visível, que durante os procedimentos não cumpriu o protocolo estabelecido na Lei de Controlo para a Defesa Integral do Espaço Aéreo Venezuelano”, tendo sido declarada “hostil, e intimada a realizar uma aterragem forçada (...) no município de Pedro Camejo, no estado de Apure, para a sua consequente imobilização em terra”.
O anúncio está acompanhado de um vídeo de curta duração, onde é possível ver, a partir de outra aeronave, o momento em que o Cessna 310, incendiado, cai em terra.
“A Venezuela é uma terra de paz, liberdade e democracia, de direito e justiça, onde se luta diariamente e frontalmente contra o narcotráfico. Não produzimos, não traficamos nem consumimos, e muito menos seremos plataforma do narcoterrorismo transnacional” afirma explica Domingo Hernández Lárez no Instagram.
As autoridades venezuelanas inutilizaram 28 aeronaves desde janeiro de 2025 e 419 desde a última atualização da legislação local em vigor, em 2013.