A Suíça, país tradicionalmente neutral em conflitos internacionais, adotará novas sanções contra a Rússia a partir de hoje, em linha com o 11.º pacote de medidas aprovado pela União Europeia em junho, anunciou o executivo de Berna em comunicado.
Entre as novas restrições, está a proibição da exportação de bens de dupla utilização e aqueles que possam contribuir para o reforço militar e tecnológico da Rússia. Um total de 87 novas empresas, incluindo as de países terceiros que têm abastecido Moscovo, estão abrangidas pelas medidas sancionatórias do executivo helvético.
Componentes eletrónicos e precursores de armas químicas também são adicionados à lista de bens sujeitos à proibição de exportação para a Rússia.
A proibição de combustíveis de jatos e aditivos e todas as mercadorias adequadas para uso na indústria aeroespacial é outra das novidades anunciadas pela Suíça.
No setor financeiro, foi alargada a proibição de venda de títulos em francos suíços ou na moeda oficial de um Estado-Membro da União Europeia (UE) a cidadãos russos ou entidades estabelecidas na Rússia.
Desta forma, a partir de hoje, é proibida a venda de valores mobiliários a cidadãos russos ou a entidades estabelecidas na Rússia, independentemente da moeda em que estejam referenciados.
O principal objetivo destas medidas é reduzir o risco de evasão de sanções através de países terceiros, para os quais a UE criou uma base legal que impede a fuga às medidas restritivas existentes desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro do ano passado.
O Governo suíço indicou que está "determinado a lutar firmemente" contra a evasão de sanções e que estudará a possibilidade de implementar esta nova base legal caso a UE decida aplicá-la.
LUSA