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Ucrânia: Líder bielorrusso e aliado de Moscovo Lukashenko inicia visita à China

JM-Madeira

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Data de publicação
28 Fevereiro 2023
9:39

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, chega hoje a Pequim, para uma visita de Estado de três dias, num período de renovadas tensões geopolíticas suscitadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Para a China, esta visita é uma "oportunidade para promover o desenvolvimento da cooperação geral entre os dois países". Lukashenko é um aliado próximo do líder russo, Vladimir Putin. Também Pequim tem reafirmado a "solidez" das suas relações com Moscovo.

Os Estados Unidos afirmaram que a China está a considerar fornecer assistência militar à Rússia. Em resposta, Pequim acusou Washington de lançar uma "campanha de difamação" contra o país asiático e disse que está comprometida em promover negociações para a paz, apontando que são Washington e os países aliados quem estão a alimentar o conflito, ao fornecer armas defensivas à Ucrânia.

"Os Estados Unidos não têm o direito de apontar o dedo às relações China - Rússia. Não vamos aceitar de forma alguma a pressão e coerção dos EUA", disse, na segunda-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa.

A China afirmou ser neutra no conflito, mas mantém uma relação "sem limites" com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia.

Pequim acusou os EUA e a NATO de provocarem o conflito e condenou as sanções contra a Rússia e entidades que auxiliaram os esforços militares de Moscovo.

Na semana passada, estas sanções foram ampliadas para incluir uma empresa chinesa, a Spacety China, que forneceu imagens de satélite da Ucrânia a afiliadas do grupo Wagner Group, um empreiteiro militar russo, propriedade de um associado próximo de Vladimir Putin. Uma subsidiária da Spacety China com sede no Luxemburgo também foi alvo das sanções.

A Bielorrússia prestou forte apoio a Moscovo, permitindo que o seu território fosse usado como base para a invasão inicial da Ucrânia há um ano. A Bielorrússia continua a hospedar tropas russas, aviões de guerra e outras armas.

A China há muito mantém laços próximos com Lukashenko, o único presidente da Bielorrússia, desde que o cargo foi criado, em 1994. Lukashenko esmagou os protestos de 2020 contra a sua disputada reeleição, numa votação que a oposição e os países ocidentais consideraram fraudulenta.

Apesar da sua brutalidade, a repressão exercida por Lukashenko não conseguiu eliminar por completo a oposição. No domingo, guerrilheiros bielorrussos atacaram uma base aérea militar que hospeda aviões de guerra russos perto de Minsk, segundo ativistas.

A organização da oposição bielorrussa BYPOL disse que uma aeronave de alerta e controlo A-50 ficou gravemente danificada no ataque à base de Machulishchy.

Os ativistas não forneceram evidências para apoiar as alegações, que não puderam ser verificadas de forma independente.

As autoridades bielorrussas e russas não fizeram comentários, mas Lukashenko instou as autoridades militares e de segurança na segunda-feira a endurecerem a disciplina.

Lusa

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