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Ucrânia: Líder da NATO considera “histórica por más razões” presença de tropas norte-coreanas na Europa

Data de publicação
06 Novembro 2024
18:20

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, considerou hoje que a presença de soldados norte-coreanos na região russa de Kursk é “histórica por todas as razões erradas” e representa uma “expansão perigosa” da guerra da Rússia na Ucrânia.

“A presença de tropas norte-coreanas em solo europeu é, sem dúvida, histórica por todas as razões erradas. É a primeira vez num século que a Rússia convida tropas estrangeiras a entrar no país”, afirmou Rutte, num artigo de opinião publicado hoje pelo Politico.

“Trata-se de uma expansão perigosa do conflito na Ucrânia, uma escalada da guerra e a demonstração de que a nossa segurança não é regional, mas sim global”, afirmou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

O político holandês referiu que, na semana passada, uma delegação de chefes dos serviços secretos e da defesa sul-coreanos informou os 32 aliados da NATO e os seus parceiros do Indo-Pacífico sobre “o destacamento de milhares de tropas norte-coreanas na região russa de Kursk, com a intenção de participar na guerra de agressão contra a Ucrânia”.

Rutte afirmou que a Rússia “depende da China para apoiar a economia russa e aceder a tecnologias de dupla utilização para sustentar o seu esforço de guerra”, do Irão “para os ‘drones’ e mísseis mortais que mataram e mutilaram tantos ucranianos” e da Coreia do Norte “para milhões de munições, mísseis balísticos e agora tropas”.

“Todos estes são sinais de um desespero crescente”, afirmou.

Em todo o caso, Rutte afirmou que, “em todas as frentes”, o Presidente russo, Vladimir Putin, “não está a conseguir atingir os seus objetivos estratégicos através desta guerra de agressão ilegal e mal avaliada”.

“Enquanto procuramos um fim justo e duradouro para o conflito, Putin está apenas a prolongá-lo e a alargá-lo”, afirmou.

O custo é “inacreditável” para a Rússia, que “está a sofrer cerca de 1.200 baixas por dia, mais de 600.000 desde fevereiro de 2022”, quando iniciou a invasão em grande escala da Ucrânia.

Os norte-coreanos “não lutam numa guerra há mais de 70 anos e vão agora ganhar uma experiência valiosa no campo de batalha e conhecimento dos conflitos modernos”, sublinhou.

Rutte recordou que, na semana passada, Pyongyang realizou um teste com um míssil balístico intercontinental de maior alcance e o primeiro num ano, numa nova violação das várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

“O aprofundamento dos laços militares e económicos entre uma Rússia imprudente e uma Coreia do Norte encorajada não só ameaça a segurança euro-atlântica e do Indo-Pacífico, como é profundamente perigoso para a segurança global”, sustentou.

Neste contexto, afirmou que a China “tem uma responsabilidade especial a este respeito, uma vez que deve utilizar a sua influência junto de Pyongyang e Moscovo para garantir que cessem estas ações”.

“Pequim não pode afirmar que está a promover a paz enquanto fecha os olhos a uma agressão crescente”, afirmou.

Por último, Rutte referiu que o apoio militar dos aliados à Ucrânia corresponde a “uma fração dos orçamentos militares anuais” de cada um dos países.

“É um pequeno preço a pagar pela paz. A questão é: podemos dar-nos ao luxo de não o fazer?”, questionou, ao terminar o artigo.

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