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Tarifas: Trump diz que a sua política aduaneira está “a funcionar realmente bem”

Data de publicação
11 Abril 2025
16:08

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje na sua rede social, Truth Social, que a sua política aduaneira está a “funcionar realmente bem”.

Esta declaração de Trump surge numa altura em que a moeda, a dívida e as ações norte-americanas estão sob ataque nos mercados, num contexto de escalada de tensão comercial com a China.

“A nossa política de direitos aduaneiros está a funcionar realmente bem. É emocionante para a América e para o mundo. Está a avançar rapidamente”, escreveu, depois de a China ter hoje anunciado o aumento para 125% das suas sobretaxas aduaneiras aos produtos norte-americanos, depois de os Estados Unidos terem adotado a mesma medida em relação aos produtos chineses.

A guerra comercial lançada pelo Governo norte-americano poderá reduzir o crescimento da economia mundial em 0,7 por cento até 2040, afirmou hoje o Centro de Comércio Internacional (ITC, na sigla em inglês), um organismo de investigação destinado a ajudar os países em desenvolvimento a posicionarem-se no tabuleiro do comércio internacional.

A diretora do ITC, Pamela Coke-Hamilton, disse que esta estimativa foi feita antes de Trump ter anunciado que ia adiar por 90 dias a aplicação daquilo a que chama “tarifas recíprocas”, que constituem aumentos exorbitantes dos direitos aduaneiros para a grande maioria dos países do mundo com capacidade de exportação.

No entanto, a especialista salientou que esta situação cria um ambiente de incerteza que também terá impacto nas decisões dos atores do comércio internacional.

“Haverá mudanças e [novas] alianças assentes no reconhecimento de que a estabilidade, a confiança e a previsibilidade são aspetos importantes do comércio, e os países tomarão decisões sobre o que farão em função disso”, explicou a responsável numa conferência de imprensa.

O ITC - um centro que nasceu da colaboração entre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a agência de comércio da ONU - prevê que, além da China, países como a Tailândia e o México estarão entre os mais afetados.

A OMC prevê que a situação criada possa causar uma quebra de 3% no comércio mundial.

Os países estão, apesar de tudo, a tentar adaptar-se o mais rapidamente possível, e verificou-se que, por exemplo, o México está a tentar deslocar as suas exportações - que tinham os Estados Unidos como principal destino - para o Canadá, o Brasil e a Índia.

O Vietname - que, ao abrigo do novo regime de “tarifas recíprocas” de Trump, foi brindado com um agravamento de 90% das taxas aduaneiras - começou a redirecionar as suas vendas para países do Médio Oriente, do norte de África, da União Europeia e para a Coreia do Sul, indicou Coke-Hamilton.

“Um elemento essencial para que os países consigam enfrentar qualquer tipo de choque global, seja uma pandemia, uma catástrofe climática ou alterações políticas súbitas (como neste caso), é que deem prioridade a três áreas: diversificação, acréscimo de valor e integração regional”, defendeu a especialista.

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