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Prisão preventiva para dono de bar LGBTI+ na Rússia por “atividades extremistas”

Data de publicação
31 Março 2024
17:51

Um tribunal russo colocou em prisão preventiva o proprietário de um bar LGBTI+, acusado de “extremismo”, punível com até 10 anos de prisão, no contexto da repressão das minorias sexuais na Rússia, depois de deter também dois empregados.

Num comunicado publicado hoje, um tribunal da cidade de Orenburg declarou que o proprietário do bar Pose tinha sido detido até, pelo menos, 18 de maio, sob a acusação de “organizar atividades extremistas”.

Os meios de comunicação social locais de Orenburg afirmaram que o proprietário do bar tinha sido detido em 28 de março no aeroporto internacional de Sheremetyevo, em Moscovo.

Em novembro de 2023, o Supremo Tribunal russo proibiu o “movimento internacional LGBTI+” (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo) por “extremismo”, uma formulação vaga que abre a porta a pesadas sanções.

Com base nesta proibição, também a administradora e o diretor artístico do bar “Pose”, em Orenburg, foram detidos em março e acusados de “extremismo”, no primeiro caso criminal deste género no meio da repressão russa contra as minorias sexuais.

Segundo um aviso dos serviços russos de informação financeira, consultado pela AFP, Diana Kamilianova, 28 anos, e Alexandre Klimov, 21 anos, foram colocados na lista de pessoas declaradas “terroristas e extremistas”, mesmo antes do seu julgamento, podendo ser condenados a uma pena de prisão até 10 anos.

Em 09 de março, agentes da polícia invadiram o bar a meio da noite. Um vídeo da ocorrência mostrava pessoas deitadas de bruços no chão com as mãos na cabeça.

Desde o ataque em grande escala à Ucrânia, no final de fevereiro de 2022, as autoridades russas têm vindo a reprimir cada vez mais as minorias sexuais.

O Presidente russo Vladimir Putin há muito que promove a família, os “valores tradicionais” e a religião face a um Ocidente descrito como “decadente”.

Em 2013, a Rússia aprovou uma lei que proíbe a “propaganda” de “relações sexuais não tradicionais” dirigida a menores.

Esta legislação foi consideravelmente alargada no final de 2022 e proíbe agora todas as formas de “propaganda” LGBTI+ nos meios de comunicação social, na Internet, em livros e filmes.

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