O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) negou hoje qualquer envolvimento no ataque que matou pelo menos seis pessoas em Istambul, no domingo, e pelo qual as autoridades turcas lhe atribuíram responsabilidades.
"É bem conhecido por todos que não temos qualquer ligação com esta ocorrência, que não visamos civis e rejeitamos ações que o façam", sustentou o PKK num comunicado publicado pela agência de notícias Firat, que é próxima do movimento.
"Somos um movimento que está a travar uma luta de libertação justa e legítima. (...) Portanto, está fora de questão visar civis de qualquer forma na Turquia", acrescenta o comunicado assinado pelo Centro de Defesa Popular do PKK.
O movimento armado curdo acusou ainda o Governo turco de ter "planos obscuros" e de "mostrar Kobane como alvo".
O Ministro do Interior turco, Soumeylan Soylu, acusou ao inicio do dia de hoje o PKK de ser o responsável pelo ataque e anunciou a detenção de 22 suspeitos, incluindo a pessoa que alegadamente colocou o explosivo.
"De acordo com as nossas conclusões, a organização terrorista PKK é responsável" pelo atentado, acusou o ministro.
"A pessoa que colocou a bomba foi presa (...) De acordo com as nossas descobertas, a organização terrorista PKK é responsável" pelo ataque, acrescentou Soylu, citado pela agência de notícias oficial turca Anadolu e pelas estações de televisão locais.
O atentado aconteceu no domingo, na avenida Istiklal, uma zona comercial de Istambul, a maior cidade da Turquia e capital económica do país.
No ataque, que ainda não foi reivindicado, morreram pelo menos seis mortos e 81 ficaram feridas, metade das quais foram hospitalizadas. Todas as vítimas são de nacionalidade turca.
O ministro também acusou as forças curdas que controlam a maior parte do nordeste da Síria, consideradas terroristas por Ancara, de estarem por detrás do ataque.
"Acreditamos que a ordem do ataque foi dada por Kobane", indicou.