O Gabinete de Segurança do governo israelita aprovou hoje deixar à responsabilidade do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Yoav Gallant, a resposta ao ataque de sábado no norte de Israel, em que morreram 12 civis.
Netanyahu e Gallant decidirão o âmbito e o momento da retaliação israelita contra o Líbano, por causa do ataque este sábado com foguetes em vários locais no norte de Israel, um dos quais à cidade drusa de Majdal Shams, em que morreram doze civis, na sua maioria crianças entre os 10 e os 16 anos, e que o exército israelita atribui à milícia libanesa Hezbollah, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.
O Hezbollah negou categoricamente qualquer envolvimento e atribui o incidente a um míssil antiaéreo intercetado por Israel.
Vários ministros criticaram a rapidez com que o ataque de retaliação da semana passada contra os Houthis do Iémen foi decidido e ordenado, pelo que na reunião de hoje todos os ministros tiveram muito tempo para falar, de acordo com o diário “Yedioth Aharonoth”.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, abstiveram-se na votação final.
A reunião também discutiu o estado das negociações para a libertação dos reféns detidos na Faixa de Gaza, embora este seja o tema de uma futura reunião, de acordo com fontes do “Yedioth Aharonoth”.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca anunciou que está a falar com os seus homólogos israelita e libanês e a trabalhar numa solução diplomática para “acabar com todos os ataques de uma vez por todas” na zona fronteiriça entre Israel e o Líbano.
As forças armadas israelitas afirmaram ter atingido uma série de alvos no Líbano durante a madrugada de hoje, embora a sua intensidade fosse semelhante à de meses de combates transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão.
O Hezbollah afirmou que também efetuou ataques.
Não houve até agora relatos da existência de vítimas.
O ataque de sábado ocorreu no momento em que Israel e o Hamas estão a negociar uma proposta de cessar-fogo para pôr fim à guerra de quase 10 meses em Gaza.