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Médio Oriente: Israel repreende embaixadora holandesa depois de ministros serem interditados

Data de publicação
29 Julho 2025
16:55

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, convocou hoje a embaixadora holandesa, Marriët Schuurman, para uma “repreensão formal” por alegadas decisões “contra Israel”, como a proibição de entrada no país de dois ministros.

A informação foi divulgada num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, sediado em Jerusalém, onde o encontro entre Saar e Marriët teve início às 17h00 locais (15h00 em Lisboa).

“A conversa terá lugar à luz das decisões do Governo holandês de tomar medidas contra Israel, incluindo o seu direito de se defender, e contra ministros do seu Governo”, referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.

O pedido de repreensão surge na sequência da proibição, hoje determinada pelo Governo dos Países Baixos, de dois ministros israelitas ultranacionalistas e colonos — o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir — entrarem no país por serem acusados de incitar “uma limpeza étnica” em Gaza.

Smotrich e Ben Gvir reagiram nas redes sociais, considerando a proibição da sua entrada nos Países Baixos como “um boicote” e garantindo que continuarão a fazer o seu trabalho em Gaza, mesmo que isso signifique “enfrentar o mundo inteiro”.

“Muito mais do que a minha entrada nos Países Baixos, importa-me que os meus filhos, netos e bisnetos, e os de todos os judeus de todo o mundo, possam viver no Estado de Israel em segurança durante décadas e séculos”, disse Smotrich, acrescentando que o fará “mesmo que isso signifique enfrentar o mundo inteiro”.

Por sua vez, Ben Gvir assegurou que, mesmo que seja “proibido de entrar em toda a Europa”, continuará a agir “pelo bem” de Israel, garantindo que irá “esmagar o [grupo islamita] Hamas”.

Numa carta hoje enviada ao parlamento holandês, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, Caspar Veldkamp, considerou que “o bloqueio humanitário imposto” por Israel submete a população de Gaza a “privações extremas e contínuas” e gera “condições de vida insuportáveis” na Faixa de Gaza, pelo que é imprescindível tomar medidas de pressão.

“O Governo decidiu declarar Smotrich e Ben Gvir ‘personae non gratae’ e registá-los como estrangeiros indesejáveis no sistema de informações do [Espaço] Schengen. Isto deve-se à sua contínua incitação à violência dos colonos, à sua defesa dos colonatos ilegais e aos seus apelos à limpeza étnica em Gaza”, denunciou Veldkamp.

Além disso, dada a situação humanitária “intolerável e indefensável” em Gaza, o ministro holandês convocará o embaixador israelita para o informar sobre as decisões do Governo e “insistir que Israel deve mudar de rumo”, lembrando-lhe as suas obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário, concluiu.

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