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Médio Oriente: Hamas acusa Israel de tentar destruir acordo de cessar-fogo

Data de publicação
03 Março 2025
15:16

O movimento islamista palestiniano Hamas acusou hoje Israel de estar a tentar destruir o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que se encontra atualmente num impasse.

“As violações do acordo durante a primeira fase provam, sem sombra de dúvida, que o Governo de ocupação [Israel] queria que o acordo fracassasse e está a trabalhar arduamente para conseguir isto”, afirmou Osama Hamdan, um alto responsável do Hamas, num vídeo.

“Neste contexto, as recentes decisões de [primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu em adotar a proposta norte-americana de prolongar a primeira fase do pacto contradizem o que foi acordado”, acrescentou.

Hamdan afirmou que a pressão de Israel para uma extensão da primeira fase do acordo foi uma “tentativa flagrante de evitar entrar em negociações para a segunda fase”.

A primeira fase do acordo, com a duração de 42 dias, entrou em vigor em 19 de janeiro, após 15 meses de uma guerra devastadora em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.

As negociações deveriam continuar agora para negociar a segunda fase, que, de acordo com o Hamas, prevê “um cessar-fogo abrangente e permanente” e a “retirada completa” de Israel de Gaza.

Israel, por outro lado, quer que o movimento palestiniano liberte mais reféns como parte de uma extensão da primeira fase, em vez de passar para a segunda.

O Governo de Benjamin Netanyahu tem dito repetidamente que reserva ao direito de retomar os combates a qualquer momento para destruir o Hamas, se este não depor as armas.

No domingo, Israel disse ter aceitado um compromisso dos Estados Unidos, rejeitado pelo Hamas, que prevê um prolongamento da primeira fase da trégua durante o Ramadão e a Páscoa, até meados de abril.

O plano dos Estados Unidos estipula, segundo Israel, que “metade dos reféns [israelitas em Gaza], mortos e vivos”, seriam repatriados no primeiro dia da sua entrada em vigor. Os restantes reféns seriam entregues “no final, se for alcançado um acordo de cessar-fogo permanente”.

Perante a rejeição do Hamas, Israel bloqueou no domingo, até novas ordens, a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde cerca de 2,4 milhões de palestinianos estão cercados pelo exército israelita desde outubro de 2023.

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