Os crimes de homicídio aumentaram 10% entre o período de outubro a dezembro de 2022, tendo sido registados 7.555 homicídios. Discussões, fúrias de trânsito e provocações são apontadas como as causas principais, seguidas de vigilantismo, vinganças, roubos, lutas entre 'gangs', sendo a maioria destes registada na província do Cabo Ocidental.

Estas estatísticas foram apresentadas esta manhã, no comité do portfólio parlamentar de polícia. Em conformidade com as estatísticas apresentadas, a maioria dos assassinatos foram consumados na via pública ou em espaços públicos, residências, bares e autocarros de transporte coletivo de passageiros.

A província do Kwazulu-Natal foi onde se consumaram 1821 homicídios, seguido da província de Gauteng com 1.721 e o Cabo Oriental com 1.501.Nas restantes seis províncias nenhuma ultrapassou mais de 500 mortes em consequência de atos criminosos.

Um segundo maior tipo de crime são as violações seguidas de tentativas de ofensas sexuais e assaltos sexuais, sendo que a maioria destas ofensas as vítimas são violadas ou estrupadas nas suas próprias casa, afirmou o ministro da polícia Bheki Cele.

Entre outubro e dezembro foram apresentadas 15.545 queixas de casos de violações e estupros, números absolutamente inaceitáveis. Em conformidade com as estatísticas hoje apresentadas na comissão parlamentar, mulheres e crianças são mais vitimizadas e assaltadas com a intenção dolosa de sofrerem danos corporais e depois assassinadas.

Com uma média de 70 homicídios numa base diária, o investimento, tão necessário para a criação de postos de trabalho tarda e adia o crescimento económico já tão debilitado.

Se o governo continuar a falhar no seu empenho num combate, sério, frontal e decidido ao crime, a África do Sul, brevemente entrará num plano inclinado escorregará velozmente para a sua destruição num país que já em guerra consigo próprio onde o povo já dá sinais de saturação de promessas fúteis para adiar a insatisfação de milhões que apenas anseiam uma vida melhor como lhes tem sido prometido.

José Luiz da Silva, correspondente em Joanesburgo (África do Sul)