As forças armadas do Benim repeliram um ataque "terrorista" na terça-feira à noite no noroeste do país, uma região ameaçada por grupos fundamentalistas islâmicos e pelo crime organizado, anunciou hoje o Estado-Maior do Exército em comunicado.
Alvo de vários ataques desde o final de 2021, efetivos do exército beninense foram enviados para a região norte para conter os grupos extremistas islâmicos que operam nos vizinhos Níger e Burkina Faso.
Segundo o Estado-Maior, a incursão ocorreu em Matéri, no departamento de Atacora, precisa a nota.
Os atacantes foram surpreendidos pelos militares quando se preparavam para lançar um "ataque complexo", tendo feito detonar uma mina artesanal, lê-se na nota, assinada pelo comandante Ebénézer Honfoga, chefe do gabinete de informação e relações públicas do Exército.
Na troca de tiros que se seguiu, oito dos atacantes foram abatidos, tendo os militares capturado "significativo material de guerra, comunicações e bens diversos", segundo o comunicado.
Em junho, na mesma região, homens armados mataram dois polícias no ataque a uma esquadra.
O primeiro ataque mortal conhecido no norte de Benim remonta a dezembro de 2021, quando dois soldados foram mortos numa localidade perto da fronteira com o Burkina Faso, onde operam grupos fundamentalistas.
O Governo anunciou então que reforçaria o seu destacamento militar no norte do país para proteger as fronteiras.
No final de maio, as autoridades anunciaram que o país havia sofrido quase 20 ataques de grupos armados, tendo sido a primeira vez que o Governo fez uma avaliação global desses ataques, ainda que, em nenhum momento, tenha usado a expressão "fundamentalista islâmico".
O Mali, Burkina Faso e Níger estão envolvidos numa luta contra atividades fundamentalistas e países vizinhos como o Benin, Gana, Togo e Costa do Marfim estão preocupados há vários anos com incursões nos respetivos territórios.
LUSA