O Supremo Tribunal da Colômbia acusou na terça-feira o embaixador colombiano na Nicarágua por tráfico de droga, seis anos depois de ter sido detido no aeroporto de Medellín com cocaína nas malas.
A polícia deste aeroporto no noroeste da Colômbia encontrou um total de 346 gramas de droga na bagagem de Leon Fredy Munoz, referiu a procuradora Marlenne Orjuela Rodriguez, numa audiência na terça-feira perante o Supremo Tribunal da Colômbia.
O embaixador afirma que as drogas foram colocadas nas malas sem o seu conhecimento por rivais políticos e na audiência de terça-feira insistiu que “nem sequer sabia da cocaína”.
A procuradora pediu uma pena de prisão entre os 9 e 11 anos. O Supremo Tribunal da Colômbia, que aceitou o caso por se tratar de um “alto funcionário”, irá tomar a decisão numa outra audiência.
O diplomata colombiano foi libertado poucos dias após a sua detenção, a 31 de maio de 2018.
Desde então, desempenhou funções na câmara baixa do Congresso de 2018 a 2022, antes de ser nomeado embaixador em Manágua logo após a eleição do Presidente colombiano Gustavo Petro, em agosto de 2022.
A acusação do diplomata surge num contexto de turbulência nas relações entre a Colômbia e a Nicarágua.
Na segunda-feira, o Presidente da Nicarágua Daniel Ortega acusou os seus homólogos colombiano e brasileiro de estarem “à mercê” dos países da União Europeia e dos Estados Unidos, ao recusarem reconhecer os resultados das presidenciais na Venezuela, que atribuíram a reeleição ao Presidente Nicolás Maduro, mas que é contestada pela oposição e diversos países da comunidade internacional.