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China acusa G7 de calúnia após declaração conjunta

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Data de publicação
18 Abril 2023
13:00

A China acusou hoje os chefes da diplomacia dos países do G7, que estão reunidos no Japão, de calúnia e difamação, após uma declaração crítica das políticas de Pequim.

"A reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 ignorou a posição da China e factos objetivos", disse Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia chinesa, em conferência de imprensa.

Os ministros dos países membros do G7 "interferiram nos assuntos internos da China, caluniaram e difamaram a China", acusou Wang, expressando o "forte desagrado" de Pequim.

Wang Wenbin foi questionado sobre o comunicado final dos chefes da diplomacia do grupo dos sete países desenvolvidos (França, Japão, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Reino Unido). No texto, são referidas as preocupações face à política de Pequim em relação a Taiwan, Mar do Sul da China, Xinjiang e Tibete.

O G7 alertou Pequim para as suas reivindicações territoriais no Mar do Sul da China, afirmando que estas "não têm base legal". Os chefes da diplomacia do G7 manifestaram ainda oposição às "atividades de militarização" de Pequim naquelas águas.

"Nas entrelinhas, esta declaração está repleta de arrogância, preconceito e intenção maliciosa de se opor à China e conter "o seu desenvolvimento, apontou Wang.

O porta-voz disse que a China apresentou protestos formais ao Japão, anfitrião da reunião do G7.

O G7 também considerou "essencial" a manutenção da paz no Estreito de Taiwan, onde Pequim lançou amplos exercícios militares, após um encontro entre a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, no início de abril.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês. Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.

Pequim encara os contactos internacionais de Taiwan como iniciativas no sentido da independência formal da ilha.

"Para realmente manter a paz no Estreito de Taiwan, devemos opor-nos claramente e interromper qualquer iniciativa para alcançar a independência de Taiwan", disse Wang Wenbin, em resposta ao G7.

Sobre o Mar do Sul da China, o porta-voz disse que a situação atual é "geralmente estável" e pediu ao G7 que não "semeie discórdia entre os países da região" com as suas declarações.

No documento, estão também refletidas as "preocupações" do G7 relativamente à "expansão contínua e acelerada do arsenal nuclear da China", apelando para a "estabilidade para uma maior transparência" sobre as armas atómicas.

Lusa

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