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Chefe militar norte-americano assegura defesa das liberdades no Indo-Pacífico

JM-Madeira

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Data de publicação
16 Março 2023
17:20

O chefe do Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, almirante John Aquilino, recusou hoje a ideia de que Washington procure conflitos com China, mas tomará medidas para apoiar a região contra regimes autoritários.

Falando numa palestra em Singapura, Aquilino disse que a era da globalização evoluiu para uma situação de "renovada grande concorrência de poder", em que o ambiente de segurança influencia a economia, o comércio e o investimento.

"A minha preocupação é que esta (…) ordem internacional baseada em regras (...) esteja sob ataque direto de regimes autoritários", disse, sem nomear nenhum país, citado pela agência norte-americana AP.

O comandante norte-americano referiu-se, no entanto, ao pacto de segurança da China com as Ilhas Salomão, que causou, há um ano, o receio de uma escalada militar no Pacífico Sul.

Abordou também os protestos da China contra a presença de navios e aviões norte-americanos no Estreito de Taiwan, numa altura em que Pequim renovou as ameaças contra Taiwan.

A China considera que Taiwan faz parte do seu território e ameaça tomar a ilha pela força se Taipé declarar a independência.

Embora Washington não procure conflitos nem apoie a independência de Taiwan, Aquilino disse que os militares norte-americanos continuarão a "voar, navegar e operar" na região para defender os direitos de navegação e liberdade de todas as nações.

"Os poderes revisionistas procuram perturbar e deslocar o sistema atual de forma a beneficiarem-se a si próprios, e à custa de todos os outros. Usam a coerção, a intimidação para alcançar os seus objetivos e justificam a sua ação sob uma teoria de 'poder igual a direito'", afirmou, segundo a AP.

"Fazem reivindicações territoriais ilegais excessivas não baseadas em nada mais do que a história revisionista. Dão poder às entidades responsáveis pela aplicação da lei para assediar nações que operam legalmente dentro das suas próprias zonas económicas exclusivas. Quebram os compromissos formais. Ignoram as decisões legais internacionais. Evitam os requisitos estabelecidos na Carta da ONU", disse, numa referência a ações agressivas de Pequim no Mar do Sul da China e às crescentes incursões chinesas nas zonas de defesa aérea de Taiwan.

Aquilino disse ainda que a China tem um papel a desempenhar no mundo se aderir à ordem baseada em regras, especialmente no que diz respeito à Coreia do Norte.

O regime norte-coreano lançou 70 mísseis durante ao longo de 2022, no que Aquilino considerou como a ação mais provocadora de sempre por parte de Pyongyang.

Referiu também que a Coreia do Norte lançou hoje um míssil balístico intercontinental horas antes de os líderes da Coreia do Sul e do Japão se reunirem em Tóquio.

Segundo Aquilino, a Coreia do Norte ameaça a Coreia do Sul e o Japão, e "desenvolveu as capacidades para ameaçar também os Estados Unidos".

"É desestabilizador, é imprevisível, continua, não está a abrandar. O potencial da República Popular da China para ajudar a dissuadir a República Popular Democrática da Coreia de executar estes eventos seria útil", acrescentou, utilizando os nomes oficiais dos dois países.

Lusa

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