A USAM – União de Sindicatos da Madeira esteve esta tarde a distribuir um prospeto no centro da cidade do Funchal para divulgar o buzinão que está marcado para sexta-feira, dia 19 de setembro.
O protesto sonoro tem concentração marcada para as 17h00, junto ao Estádio dos Barreiros, e um itinerário que percorre várias ruas em direção à Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses, onde terminará depois de a caravana de veículos dar duas voltas à avenida, ao som de ruidosas buzinadelas contra as “cerca de 100 alterações ao Código do Trabalho” que o Governo da República pretende aprovar.
Em declarações ao JM, Alexandre Fernandes, porta-voz da USAM, explicou que a iniciativa está alinhada com as “duas grandes manifestações” previstas para o dia seguinte (20) em Lisboa e no Porto, no âmbito da Jornada Nacional de Luta, convocada pela CGTP.
Tanto lá como cá, os trabalhadores vão protestar contra o que dizem ser a tentativa de “precarizar mais” as condições dos trabalhadores, limitar a contratação coletiva, mexer nos períodos experimentais, reduzir o descanso aos fins de semana e feriados, limitar os direitos laborais dos pais com filhos portadores de deficiência ou com crianças até aos 12 anos, aumentar a jornada de trabalho para as 60 horas semanais sem compensação, limitar o direito à amamentação das mães e alargar os serviços mínimos nas greves.
Sobre a mudança nos serviços mínimos na greve, Alexandre Fernandes clarifica que não está prevista uma alteração ao “direito constitucionalmente consagrado” da greve, mas salienta que o Governo da República pretende “estabelecer serviços mínimos para atividades que não têm nada de ter serviços mínimos”.
Perante o conjunto de 100 alterações previstas, Alexandre Fernandes considera que os trabalhadores estão perante “um retrocesso muito grande” nos direitos conseguidos e, por isso, apela a que os trabalhadores madeirenses se juntem na sexta-feira, dia 19, ao protesto organizado no Funchal.
“Nós estamos a trabalhar para mobilizar o maior número de dirigentes, delegados, ativistas e trabalhadores que já manifestaram a sua vontade de participar”, referiu.