Numa altura em que, apesar de os números mostrarem uma recuperação do setor para níveis perto de 2019, se vive uma conjuntura fortemente condicionada pela alta inflação e as consequências decorrentes da invasão da Ucrânia, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, destacou, hoje, na cerimónia de abertura do 47.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, em Ponta Delgada, nos Açores, a importância de se "fazer um ponto de situação e olhar para o futuro, em conjunto com todos os parceiros do setor".
Pedro Costa Ferreira lembrou que, apesar do dinamismo do turismo este ano, o setor tem de "percorrer um longo caminho de recuperação" no que aos balanços empresariais diz respeito e recordou que as agências reembolsaram, durante a pandemia, cerca de 300 milhões de euros. "Endividámo-nos, mas o setor recuperou, lembrou o líder da APVAT. "Temos a genuína vontade de contribuir para os caminhos futuros", referiu ainda, evocando a importância do destino Açores, "uma montra de sustentabilidade". Pedro Costa Ferreira agradeceu também a presença do embaixador da Ucrânia, manifestando a sua solidariedade para com o povo ucraniano. O líder da APAVT fez igualmente questão de elogiar o trabalho da antiga secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, prometendo lealdade absoluta a Nuno Fazenda, novo tutelar da pasta, e pedindo-lhe que não ceda aos lobbies, em nome do futuro do Turismo. A liderança e a competitividade do Turismo podem estar em perigo devido ao problema das acessibilidades em Lisboa e à necessidade de obras no aeroporto da Portela. "Senhores políticos, deixem que as obras avancem", pediu.
Patrícia Gaspar, nos Açores