O euro valorizou-se hoje face ao dólar, com o mercado a antecipar uma nova descida das taxas de juro na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE).
Pelas 18:00 (hora de Lisboa), o euro seguia a 1,1430 dólares, quando na terça-feira, pelas 18:40, negociava a 1,1382 dólares.
O euro também se valorizou face à libra, mas desceu relativamente ao iene.
O BCE fixou a taxa de câmbio de referência do euro em 1,1384.dólares.
Num dia marcado pela entrada em vigor das novas tarifas sobre o aço e o alumínio e pelo avanço das negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, a atenção dos investidores vira-se também para a decisão do BCE que será conhecida esta quinta-feira, ainda que a expectativa é de um novo corte na taxa de juros de 25 pontos-base, para 2%.
A reforçar essa expectativa estão os dados sobre a inflação na zona euro que, segundo uma estimativa rápida hoje divulgada pelo Eurostat, terá abrandado para os 1,9% em maio, face ao mesmo mês do ano passado – valor que compara com os 2,2% registados em abril .
Nos Estados Unidos, o Presidente Donald Trump voltou hoje a pedir ao líder da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, que reduza as taxas de juros.
O pedido de Donald Trump surgiu devido à estagnação registada em maio no setor de emprego privado, de acordo com um relatório da empresa de processamento de folhas de pagamento ADP.
Segundo estes dados, o setor privado dos EUA criou menos postos de trabalho em maio do que o previsto – ainda que mais 37.000 do que em abril -, embora o crescimento dos salários se mantenha a um nível elevado.
Por outro lado, a OCDE reduziu as previsões para a economia mundial em quatro décimas de ponto percentual, tanto para este ano como para o próximo, devido à guerra comercial desencadeada desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, um fator que afetará principalmente os Estados Unidos e os seus vizinhos México e Canadá.
Dados hoje divulgados indicam que a atividade do setor de serviços dos EUA piorou inesperadamente em maio para 49,9 pontos, uma queda de 1,7 pontos face a abril, segundo o Institute for Supply Management (ISM), o que a coloca no limiar da contração pela primeira vez desde junho de 2024.
Pela zona euro, o índice de atividade do setor dos serviços caiu para 49,7 pontos em maio (50,1 pontos em abril), um mínimo de seis meses, de acordo com a S&P Global. Uma queda abaixo dos 50 pontos indica uma contração.