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EUA: Retaliação vai “adensar custos económicos das tarifas” alerta Centeno

Data de publicação
02 Abril 2025
19:06

O governador do Banco de Portugal (BdP) alertou hoje que as tarifas que os Estados Unidos têm vindo a anunciar funcionam como um imposto e que a fase de retaliação vai “adensar os custos económicos”.

“Na sua formulação e no contexto atual, estas medidas são impostos, funcionam como impostos que são barreiras e têm um impacto muito claro na economia e esse impacto imediato é, como qualquer taxa, uma redução da atividade económica”, apontou Mário Centeno, quando questionado por alunos do secundário sobre o impacto das tarifas na cerimónia de entrega de prémios do Concurso Geração €uro.

O governador apontou que estas tarifas são particularmente danosas porque “atuam em todos estágios da produção, não incidem apenas no consumo final”, já que a economia internacional está integrada e “os produtos são transacionados em diferentes estágios”.

“Estas tarifas são particularmente incisivas sobre o tecido produtivo”, avisou, acrescentando que “Europa e Portugal vão ser sujeitos aos resultados de todas estas tarifas”, no final vai depender muito de como cada país vai responder, mas com o governador a salientar que “a Europa deverá reagir em conjunto a essas tarifas”.

Nessa decisão, é preciso ter em conta que a “fase de retaliar vai adensar os custos económicos das tarifas”, sinalizou, apontando que se pode esperar menos comércio internacional e um redirecionamento do comércio de uns países para outros”.

Assim, o país vai sentir dois efeitos: “menos comércio com os EUA, mas talvez mais comércio com o resto do mundo”, pelo que “a quantidade de comércio vai ser mais baixa, já o efeito nos preços é mais incerto”.

Quanto ao impacto na inflação, “se a tarifa é um imposto, o preço nessa transação vai subir, mas como existem todos estes mecanismos de compensação e de comércios alternativos que são estabelecidos, pode até acontecer que esse comércio se torne mais competitivo e seja uma competição através do preço e até que se consigam, no final, preços mais baratos neste comércio que se vai agora impor”, afiançou.

Depois de Donald Trump ter anunciado nos últimos meses aumentos de 25% dos direitos aduaneiros sobre as importações de aço, alumínio, automóveis e peças de automóveis, o líder norte-americano deve hoje à noite (pelas 20:00, hora de Lisboa) anunciar novas taxas, que podem ascender a 20%, sobre a maioria das importações, no chamado “Dia da Libertação”.

O Presidente norte-americano quer implementar taxas idênticas às que são aplicadas aos produtos norte-americanos exportados.

A Casa Branca (presidência norte-americana) referiu na terça-feira que as novas tarifas devem entrar em vigor no imediato.

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