Eduardo Jesus, secretário regional de Turismo, Ambiente e Cultura, levou o tema dos limites dos ventos no Aeroporto da Madeira para a intervenção que fez hoje no segundo dia do 50.º Congresso da APAVT, em Macau.
O secretário regional recorreu a “factos históricos” para demonstrar aos congressistas as dificuldades que a Madeira enfrenta desde 1963, altura em que foram impostos os limites dos ventos na infraestrutura, que se mantêm até hoje não obstante as duas ampliações da pista realizadas posteriormente, dos avanços tecnológicos e da formação reforçada dos pilotos. “Apesar de toda esta evolução, a nossa realidade dos ventos não evolui há 60 anos”, lamentou.
Passo a passo, Eduardo Jesus explanou “Uma história de temporais...ou talvez não!”, contando o caminho seguido, ainda que não fosse o único possível, e focando 2015 como determinante neste percurso, porque foi o ano da instalação dos quatro novos anemómetros. “A consequência desta instalação criou mais inoperacionalidade por vento e maior obrigação de reporte ao regulador”, contextualizou o secretário regional, argumentando que nos últimos 20 anos, 70,81% da inoperacionalidade registou-se nos últimos dez, precisamente após a instalação dos anemómetros.
Com efeito, até essa data, a inoperacionalidade cingia-se a dois dias, por ano, mas a partir de 2015 subiu para seis dias. Ora, o que antes afetava 12 mil pessoas anualmente, passou a prejudicar anualmente em média 84 mil passageiros.