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Economia regional cresceu em janeiro, mas desacelerou

Data de publicação
15 Abril 2024
12:01

Em janeiro de 2024, A economia regional manteve a trajetória positiva de crescimento, mas a um ritmo inferior ao registado no mês anterior. Esta é a conclusão do Indicador Regional de Atividade Económica (IRAE), divulgado hoje pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) e que tem como objetivo “sinalizar o comportamento da atividade económica, nomeadamente no que se refere à sua direção e magnitude das flutuações”.

O desempenho do setor de turismo contribuiu para o crescimento económico, uma vez que as dormidas (excluindo o alojamento local abaixo de 10 camas) aumentaram 1,1% neste mês, ainda que abaixo dos 4,4% registados em dezembro anterior. De notar ainda que os proveitos totais no alojamento turístico observaram um incremento de 12,8% (17,7% em dezembro último).

Por seu turno, a emissão de energia elétrica, um indicador fortemente correlacionado com a evolução da atividade económica, cresceu 2,0%, mas ainda abaixo dos 4,2% verificados no mês anterior, ao passo que a introdução no consumo de gasóleo caiu 0,8%, depois de ter registado um crescimento de 1,2% no mês anterior.

Ademais, atentando na relação entre as sociedades constituídas e dissolvidas, verifica-se que, em janeiro de 2024, foram criadas 1,8 novas sociedades por cada sociedade dissolvida na Região, uma proporção inferior à do mês anterior (2,2).Quanto ao consumo privado, que atenta nomeadamente às operações da rede SIBS, com cartões emitidos por bancos nacionais, em janeiro, observou-se igualmente uma majoração de 6,8% dos montantes levantados em caixas multibanco e das compras feitas através de terminais de pagamento automático, com cartões nacionais, confirmando a desaceleração iniciada em novembro anterior.

A introdução de gasolina no consumo também abrandou, com a variação homóloga a crescer 7,9%, em janeiro de 2024, quando tinha registado 10,6% em dezembro precedente. Por sua vez, as aquisições de automóveis novos ligeiros de passageiros por residentes também cresceram em termos homólogos apesar da forte desaceleração (3,6%; 36,0% no mês anterior). Os empréstimos para consumo concedidos às famílias e às instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias decresceram 15,1%, em janeiro de 2024, quando tinham caído 15,3% no mês anterior.

Já em relação ao investimento, a DREM denota que os indicadores dividem-se em dois grupos: de um lado, os que apresentam sinal positivo, tais como as vendas de automóveis ligeiros de mercadorias (94,6%; 50,0% em dezembro anterior), a avaliação bancária de habitação (17,2%; 17,4% no mês precedente), o licenciamento de edifícios (9,6%; 7,3% no mês anterior) e a comercialização de cimento (6,7%; 19,5% em dezembro último); e, do outro, os que estão em queda, como os empréstimos concedidos às famílias para habitação (-1,2%; -1,3% em dezembro último) e o saldo dos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (-4,4%; -5,1% no mês anterior).

Procura externa diminuiu

Continuando nesta análise, embora o comércio com o estrangeiro represente apenas uma pequena parcela do comércio global realizado pela Região (a maior parte do qual é com o Continente), os resultados hoje conhecidos enaltecem o facto de tanto as exportações (-4,2%), como as importações de bens (-20,4%), terem diminuído.

Contudo, o movimento de mercadorias nos portos (9,1%; 11,0% no mês anterior), que é um indicador mais abrangente em relação à dinâmica do comércio exterior, aumentou, embora desacelerando.

Já noutros indicadores, em janeiro de 2024, observa-se que a desaceleração no movimento de passageiros nos aeroportos (4,8%; 9,5% em dezembro último) está em linha com a evolução do total de levantamentos em caixas multibanco e compras por meio de terminais de pagamento automáticos, com cartões internacionais (11,6%; 16,7% no mês precedente).

No respeitante ao mercado de trabalho, há a sublinhar que, segundos os dados provenientes dos organismos que tutelam a área do Emprego no País e na Região, em janeiro de 2024, verificaram-se reduções nas ofertas de emprego (-30,6%), nos pedidos de emprego (-13,9%) e também nos desempregados inscritos ao longo do mês (-14,9%).

Por último, neste mês inaugural, a taxa de inflação homóloga, que se fixou em 3,0%, desacelerou face ao mês anterior (3,3%), sendo menor nos Bens (1,8%) e maior nos Serviços (4,8%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) foi de 3,1%.

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