Na Região 14,2% dos residentes, entre os 18 e os 74 anos, têm ‘background imigratório”, segundo os resultados divulgados pela Direção Regional de Estatística (DREM) em função do Inquérito às Condições de vida, Origens e Trajetórias da População Residente em Portugal (ICOT) 2023.
A amostra na Madeira foi constituída por 1.530 alojamentos, inquirindo-se apenas um indivíduo entre os 18 e os 74 anos de idade que residia há pelo menos um ano em Portugal ou cuja intenção de residência era de pelo menos um ano.
“Um dos objetivos desta operação estatística era melhorar o conhecimento sobre a diversidade da população residente, no que diz respeito às suas origens, pertença/identificação étnica”, resume a DREM.
De referir que a definição de imigrante, e de background imigratório, tem por base a naturalidade da pessoa, sendo aqui incluídas, pessoas nascidas fora de Portugal ou pessoas nascidas em Portugal, mas com pelo menos um dos pais, ou avós, nascido fora de Portugal.
Tendo por base as estimativas anuais da população residente a 31 de dezembro de 2022 (base Censos 2021), estima-se que na RAM residiam 190,1 mil pessoas entre os 18 e os 74 anos, a maioria (88,0%) com nacionalidade portuguesa.
Entre as pessoas pertencentes ao grupo etário em análise, 84,9% (161,3 mil pessoas) autoidentificaram-se com o grupo étnico branco e 2,9% (5,5 mil pessoas) com o grupo origem ou pertença mista. A nível nacional, estas proporções foram muito semelhantes: 84,1% e 3,5%, respetivamente.
Considerando a análise por NUTS II, o Algarve é quem apresentou a maior proporção de pessoas no grupo origem ou pertença mista (6,4%), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa com 6,1%. O Centro e a Região Autónoma dos Açores apresentaram as menores proporções, ambas com 1,8%.
Na RAM, 85,8% das pessoas entre os 18 e os 74 anos não têm ‘background’ imigratório (163,1 mil pessoas), estimando-se que entre as que têm ‘background’ imigratório (14,2%; 27,0 mil), 22,7 mil pessoas são imigrantes de primeira geração, correspondendo a 12,0% do total.
Em Portugal, estas proporções foram de 81,5%, 18,5% e 12,5%, respetivamente. Destaque-se a proporção de pessoas com ‘background’ imigratório residentes no Algarve, representando 31,0% do total, e na Área Metropolitana de Lisboa constituindo 29,2%.