O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse hoje que não foi detetada nenhuma “situação de alarme” na Venezuela, nem registado qualquer pedido de portugueses alarmados com a situação naquele país.
Durante uma audição regimental na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Paulo Rangel garantiu que, tal como acontece “para todo o mundo”, o Governo português tem planos de contingência para a Venezuela, onde residem pelo menos 400.000 portugueses e luso-descendentes.
“Quando a ameaça é mais concreta esses planos começam a ser adaptados”, disse o ministro, afirmando que estão a ser tomadas medidas, mas que ainda não foi detetada nenhuma situação de alarme.
Nesse contexto, prosseguiu, não houve nenhum pedido de portugueses alarmados com a situação, até agora, porque “esta é uma situação que pode evoluir”.
O chefe da diplomacia portugues referiu que, apesar da suspensão dos voos da TAP de e para a Venezuela, após um alerta dos Estados Unidos, e por razões de segurança, “ainda é possível, por várias vias, sair” do país da América do Sul.
Os serviços consulares têm acompanhado a situação e monitorizado as pessoas que eventualmente tenham uma maior necessidade de acompanhamento.
Em resposta a vários deputados, que quiseram saber sobre a posição de Portugal relativamente ao conflito que opõe os Estados Unidos e a Venezuela, Rangel disse que esta é a da União Europeia, que é a de “apelar a que esse conflito seja resolvido por uma via pacífica e que essencialmente se possa levar a Venezuela para uma transição para a democracia”.
“Somos participantes nesta formação da União Europeia”, adiantou.
E saudou a atribuição do Prémio Nobel da Paz à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.