A iniciativa, que incluiu todas as medidas de segurança sanitária, permitiu que os cidadãos obtivessem o cartão de cidadão, além de outras informações.
Na quinta-feira passada realizou-se uma nova conferência consular nos Altos Mirandinos, uma das zonas da Venezuela com maior população portuguesa, a grande maioria naturais da Madeira. Lembre-se que há alguns anos os representantes consulares oferecem estas sessões mensais na jurisdição, a fim de facilitar os processos e procedimentos dos cidadãos.
Foi assim que o Cônsul Honorário de Portugal em Los Teques, Pedro Gonçalves, conduziu este dia especial que teve o apoio do Cônsul Geral de Portugal em Caracas, Licínio Bingre do Amaral. Um total de 80 cartões do cidadão foram processados, agora aguardando o anúncio de um novo dia destinado à emissão de passaportes.
Regras sanitárias apertadas
Face ao contexto pandémico, esta iniciativa destacou-se pela implementação de um conjunto de medidas de segurança sanitária, distanciamento e higiene, sendo obrigatória a passagem dos utilizadores por uma câmara de desinfeção disponibilizada por uma empresa portuguesa da região.
Questionado sobre a viabilidade da existência de um Consulado Honorário na zona, Pedro Gonçalves explicou que desde a sua abertura já atendeu milhares de pessoas. Um estudo realizado por membros da comunidade revelou que existem cerca de 40 mil portugueses que residem nos Altos Mirandinos.
A crescer constantemente
"A cada dia chegam novas pessoas que não conhecemos, por isso o Consulado Honorário está bastante ativo. Além disso, temos uma comunidade bastante unida que possui uma Câmara de Agricultura e Floricultura; comerciantes de vários campos; grupos de amigos que atuam na esfera social; e uma grande variedade de instituições e associações que continuam a crescer constantemente", explicou João Pedro Gonçalves.
Para o Cônsul Honorário, uma das grandes contribuições da entidade que dirige é a capacidade de articular ações e vincular pessoas e instituições.
"No âmbito social, temos recebido muitos pedidos que têm sido encaminhados, conforme o caso, a instituições como a Academia do Bacalhau, a Comissão de Damas da Associação Civil Amigos de Nossa Senhora de Fátima ou o Grupo Calheta, entre outras instituições. A comunidade pôde doar cadeiras de rodas, cobrir operações, ajudar asilos e lares adotivos, pagar funerais e outras solicitações. O Consulado serve de filtro: recebe as necessidades e canaliza-as; vamos o mais longe que podemos e tentamos fazer com que outras pessoas ou instituições acompanhem até a conclusão com sucesso", concluiu o empresário e chefe do Consulado Honorário.
Marco Sousa