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Penálti ao cair do pano afunda Marítimo

JM-Madeira

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Data de publicação
23 Fevereiro 2021
5:10

O Marítimo fechou a 20.ª jornada como lanterna-vermelha da I Liga, após perder, por 2-1, com o FC Porto, com o golo do triunfo a chegar desde a marca dos 11 metros, já em período de descontos.

A partida começou algo trancada, com as equipas bem encaixadas, mas acabou por ver dois golos antes dos 20 minutos em lances de bola parada. Marcou primeiro o FC Porto, em cima do quarto de hora, na sequência de um livre cobrado por Sérgio Oliveira, com Uribe a finalizar na insistência com a ajuda de Taremi e Corona, mas também alguma benevolência da defesa da casa.

Os verde-rubros reagiram de imediato e, três minutos depois, na sequência de um pontapé de canto, restabeleceram a igualdade, por Léo Andrade, que após ser esquecido pela defesa portista finalizou sem grandes dificuldades. O lance ainda foi revisto pelo VAR, mas as imagens dissiparam todas as dúvidas quanto à legalidade do lance.

Perdida a vantagem, os dragões perceberam que era preciso colocar mais intensidade no jogo para ultrapassar o bloco defensivo dos madeirenses. Mas a coesão e grande solidariedade que norteavam as ações deste raramente permitiram grandes veleidades ao ataque azul e branco.

O Marítimo preocupou-se sobretudo em defender bem, mas sempre à espera de oportunidades para ferir os dragões. Já em período de descontos, numa falta ganha sobre a direita, Edgar Costa cruzou tenso e Joel Tagueu, solto, atirou com perigo, mas ao lado da baliza de Marchesín.

Foi uma primeira parte de grande luta, de parte a parte, com muitos duelos e também faltas, mas com uma agressividade saudável, apesar de algum nervosismo que, a espaços, ameaçou apenas estragar o jogo.



O início da etapa complementar trouxe um FC Porto disposto a marcar cedo, com linhas mais subidas e a tentar prender a equipa de Milton Mendes no seu último reduto. Joel Tagueu ainda fugiu aos 48, chegando a rematar à entrada da área para Marchesín encaixar, mas seguiram-se minutos de grande sufoco, com a coesão madeirense a levar a melhor sobre a constante variação de jogo portista, que quase sempre terminou em remates bloqueados.

Milton Mendes foi refrescando a equipa, com a expectativa de que Macedo, Tamuzo, e Alipour poderiam atacar melhor a profundidade do que os já desgastados Joel, Edgar Costa e Jorge Correa, mas também para ajudar a fechar os espaços, muitas vezes em ações de cobertura.

As intenções portistas foram esbarrando na defesa madeirense e os dragões passaram por momentos muito difíceis na reta final do jogo. E se o Marítimo não chegou primeiro ao golo, muito ficou a dever a Marchesín, que negou a festa a Alipour, aos 83, e no minuto seguinte, a Léo Andrade, depois de Zainadine atirar ao poste.

Quando tudo levava a crer que o empate seria o resultado final, Rúben Macedo foi surpreendido por Francisco Conceição, derrubando-o com um empurrão pelas costas na grande área. Decorria o minuto 90, e Otávio, desde a marca dos 11 metros, não tremeu e fixou o resultado.

Positivo

Grande solidariedade coletiva entre os verde-rubros a defender e objetividade no futebol direto.

Negativo

Faltou eficácia em momentos decisivos para fazer o 2-1, na reta final da partida.

Momento 90'

Francisco Conceição é empurrado pelas costas num duelo com Rúben Macedo e o árbitro assinala o castigo máximo que deu o 2-1.

Arbitragem

Lance do primeiro golo do FC Porto poderá estar ferido de legalidade e Manafá podia ter visto vermelho.

Reações

"O Porto criou poucas oportunidades e no primeiro golo a bola não rola e vocês sabem que a bola tem de rolar para que o golo seja válido. (...) E tivemos a infelicidade, mais uma, de levar um golo em cima dos 90 minutos": Milton Mendes, treinador do Marítimo

"Jogámos com um Marítimo extremamente bem organizado, baixo no campo e com uma solidez defensiva muito interessante, digo isto sempre que venho à Madeira e jogo com o Marítimo porque tem individualidades bastante interessantes." Sérgio Conceição, treinador do FC Porto

Raul Caires

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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