MADEIRA Meteorologia

Festival AMO-TEatro vai parar este ano para ser repensado

Data de publicação
22 Março 2024
12:53

O festival AMO-TEatro, que é organizado desde 2010 pelo Grupo de Teatro Experimental da Casa do Povo da Camacha (TEC), não será realizado este ano.

A produção de uma edição em 2024 revelou-se inviável uma vez que os recursos financeiros da organização se revelaram escassos, mais acrescendo o facto de a disponibilidade atual dos elementos do TEC não ser suficiente para dar conta de um evento com a dimensão do AMO-TEatro, que, nas suas 12 edições já realizadas, tem procurado garantir a apresentação de espetáculos de “grande qualidade e versatilidade”, nos concelhos do Funchal, Santa Cruz e Machico.

A incapacidade de produzir o evento este ano foi comunicada pelo TEC nas redes sociais, através de uma publicação onde é revelado que o grupo “entrará num período de reflexão e revisão do seu Plano de Atividades, no sentido de apresentar propostas para a sua atividade artística em geral e para o Festival AMO-Teatro em particular”.

Nesta nota, são realçados os motivos que comprometem a capacidade do Teatro Experimental da Camacha em garantir “uma programação artística diversificada e de qualidade, que sempre marca o festival e tem sido reconhecida ao longo dos 12 anos de existência.”

“Organizar um festival com esta dimensão, nacional e internacional, tem custos pessoais elevados, exigindo uma equipa multidisciplinar alargada”, reconhece o TEC, sendo que, dados os “escassos recursos financeiros disponíveis, esta equipa tem de ser montada em torno dos elementos do grupo, o que tem sido sinónimo de qualidade, mas de muita dificuldade.”

O TEC sublinha que organizar este festival resulta na ocupação dos seus elementos por, “aproximadamente, nove meses”, o que acaba por comprometer a frequência de formações e a realização de outros projetos, que, neste momento, serão a aposta principal, como é disso reflexo o facto de o grupo apresentar, durante este fim de semana, o espetáculo ‘Trívia’ no anfiteatro da Igreja da Camacha.

“A conjuntura atual do TEC, com um largo número de elementos a terem dificuldade em garantir disponibilidade, quer por razões familiares quer profissionais em particular, para participar a tempo inteiro na organização, promoção e realização do Festival, mostra-se, então, um grande entrave à sua realização”, acrescenta a mesma nota, que admite igualmente dificuldades em responder ao “elevado cachê” exigido pelas companhias de teatro, ao qual acresce os gastos com a produção, deslocações, estadia, entre outros.

Não obstante, o TEC salienta que o AMO-TEatro não acabou, só irá parar para ser repensado e para que o grupo tenha capacidade de investir nas suas produções próprias. Entre as possibilidades já colocadas sobre a mesa para o futuro regresso, está a hipótese de este evento assumir uma periodicidade bienal, para que seja possível serem conciliadas todas as disponibilidades e objetivos.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda que Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas