A Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal criticou, esta manhã, numa publicação nas redes sociais, um ato que considera ser um "terrorismo arboricida" que "anda à solta" na Madeira.
"Nas últimas semanas foram muitas as árvores trespassadas sem dó nem piedade pelas motosserras na Madeira. As empresas que fazem os desmesurados cortes dos ramos de seres vivos inocentes, executam o que as câmaras, os departamentos do governo, as escolas, as empresas públicas, os institutos lhes ordenam", começa por denunciar a nota assinada por Raimundo Quintal.
O ambientalista prossegue, referindo que, por exemplo, na vila da Ponta do Sol e na Via Rápida recentemente foram podadas coralinas (Erythrina crista-galii) "como se fossem vimeiros". Já na Madalena do Mar, "uma borracheira (Ficus elastica) foi horrorosamente mutilada". Na capital madeirense, mais propriamente na Escola Secundária Francisco Franco as árvores "foram decepadas. Vítimas da dendroclastia reinante na ‘ilha das flores’". Adianta ainda que "as casuarinas da estrada que liga o Porto do Funchal à Estrada da Liberdade foram transformadas em postos de eletricidade".
"E quando explicamos como devem ser feitas as podas das árvores ornamentais, a resposta é que sempre foi feito assim e que não têm tempo para aturar fundamentalistas. E, obviamente, ainda não tiveram tempo para ler a Lei nº 59 /2021 sobre a gestão do arvoredo urbano. O terrorismo arboricida movimenta-se livremente na Madeira", acrescenta.