Ainda sobre a notícia que faz hoje a manchete do JM, o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) considera que a transferência do doente Severino Gonçalves do Hospital dos Marmeleiros para os Hospital Dr. Nélio Mendonça obedeceu ao "plano de contingência" em vigor.

"O SESARAM tem um Plano de Contingência em vigor desde o início da pandemia e nessa conformidade são realizadas transferências para a área dedicada no Hospital Nélio Mendonça", respondeu Rafaela Fernandes, presidente do SESARAM, na sexta-feira, no momento em que ainda estava a ser preparada a deslocação do doente para a África do Sul no avião-ambulância.

Rafaela Fernandes não comentou, no entanto, se houve alguma falha médica nos procedimentos adotados sobre o doente.

A família de Severino Gonçalves, emigrante madeirense radicado na África do Sul que faleceu ontem no Hospital Dr. Nélio Mendonça, depois de meses de internamento na Madeira, pagou 80 mil euros para um avião-ambulância vir buscá-lo à Madeira e levá-lo para a África do Sul. O doente morreu um dia antes da viagem.

Ao JM, a filha critica os métodos do SESARAM e explica o investimento de 80 mil euros feito num avião-ambulância. O aparelho chegou sábado à Madeira, com equipamentos, médico e enfermeiro para acompanhar a viagem agendada para hoje, mas foi tarde demais.

O emigrante morreu ontem no hospital. A família processa o Serviço de Saúde. O médico, através do SESARAM, diz que cumpriu o protocolo. A administração do SESARAM manda abrir inquérito.

Leia a notícia na íntegra na pág. 6 e 7 da edição impressa do JM.